antonio herrero portilho/17/02/2013
LOUVORES E ENCANTO DE MINAS GERAIS

 

 
De manhã os capins, os arbustos ficaram todos carregados de gotas de orvalhos.
As folhagens se umedeceram de tão forte foi à ação penetrante da neblina impregnando toda a plantação dês do caule até a raiz, apesar da intensidade ninguém percebeu a ação deste fenômeno da natureza, tal era a invisibilidade aos nossos olhos.

A aurora surge ao longe com os raios solares bem rasteiros, toca a copa das árvores e refletem nos coqueiros, começa a clarear o chão projetando sombras ao longe marcando este território em todas as direções.

Assim é o sertão: estas vias calçadas de terra serpenteando por entre os campos indo ao rumo da serra, desbravando estes verdes cerrados, aqui tão pertinho de nós, mas, distantes do povoado.

Esta época do ano nestas estações chuvosas se torna ainda mais linda e viçosa, presente da natureza, tais quais estas delícias de frutas silvestres que aqui nasceram, é natural destes campos e matos.

A moça cabocla em direção do povoado vai, nas mãos segurando o par de sandálias, com os pés no chão prefere caminhar descalços, os cabelos presos com longas tranças chegam até o meio das costas, quanto mais simples as vestimentas, mais demonstração de beleza e sensualidade.

Lábios vermelhos e olhares ágeis, atentos se esquivando dos perigos que possam surgir durante estas caminhadas.
Naquele lugarejo tão longe da civilização está sempre presente o sinal de fé destes povos sertanistas ali no povoado.

Uma capela toda imponente de pedra construída, os fiéis se encontram para orar aos domingos e feriados na hora dos cultos, na missa.

Por entres estes caminhos em frente apreciando variadas paisagens, cenas envolventes, gente humilde moradores destes casebres, nestas paisagens tão belas destes enormes descampados.

Estes estreitos caminhos vai nos levar ao longe cada vez mais. A poeira da estrada se levanta quando passam uma boiada ou qualquer tropa de animais.

Estes nossos olhares alcança distâncias imensuráveis, sempre com novas expectativas que na próxima curva surja mais uma novidade.

Vejam! Brotando daquele espigão um maravilhoso regato, escutem! Olhem estas corredeiras incessantes, cruzam nossos caminhos e passam debaixo da ponte, logo ali existe uma grande represa, a fauna a beira dos igarapés e nas ribanceiras barrancos largos, os patos e marrecos deslizam sobre as superfícies das águas, nem se da conta das profundezas dos lagos.

Indo em frente presenciamos outro quadro com riqueza de detalhes, vindo em nossa direção um matuto montado em pelo no seu cavalinho andando em ritmos compassados, devagar sem pressa de chegar, exausto; de suor todo molhado, de chapéu com abas largas e no pescoço um lenço amarrado, troteando e o ritmo dos cascos do animal provocando um som igual as cantigas sertanejas em ritmos de uma toada.

Cavaleiro cuidadoso, uma das mãos segurando as rédeas, outra com cigarro de palha preso aos dedos e de vez enquanto apertando entre os lábios, nos momento de distração soprando a fumaça ao vento, vai soltando baforadas sem se preocupar com o correr do tempo.

Ele está em direção do roçado típica imagem do interior, a capina, o trato laborioso com as plantas, demostrando tantos cuidados.

As fileiras de plantações; nas várzeas o arrozal ao lado do milharal, os capulhos estrelados das lãs de grande brancura das lavouras de algodão.

Existem ali também quatro ou cinco palmeiras de verdes cintilantes, quando são tocada pelos ventos se curvam, se abanam e se mostram tremulante.

Os periquitos, os papagaios e as araras fazem grandes algazarras à procura de alimentos, se agarram nos galhos das árvores, voam a longas distancias com os frutos preso ao bico, depois de devorarem a poupa, as dispensa, e deixando de semente o chão todo forrado, que ao prazo de poucos anos, serão novas vegetações formando um novo cerrados.

Sobre este céu azul que cobre estas planícies de regatos e fontes.

Lá bem longe quase se apagando distante, algumas pequenas montanhas vai se escondendo, nas tardes no começo da noite, o sol e a pequena estrada que corcoveia e serpenteia vai se obliterando fugindo de nossas visões se encontram no final da tarde no instante que as paisagens vai ficando tudo escuro, os grilos e vários insetos festejam, fazem cantigas em som de acalanto, der repente sem que nós percebemos, a terra neste hemisfério aos poucos se cobrem de negro manto.

A noite torna-se presença e logo vão ascendendo infinidades de luzes que brilham no firmamento, as estrelas se apresentam como faíscas piscando, o céu fica todo iluminado quando a lua dona da noite aparece em instante neste intervalo do entardecer ao amanhecer, para um novo dia nascer com certeza virá tão brilhante.
Autor Antônio Herrero Portilho 
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 17/02/2013
Reeditado em 31/12/2022
Código do texto: T4144586
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