A falta de compromisso com a educação

Está chegando o momento de assistirmos via mídias, o falatório político, o horário eleitoral. Candidatos a prometerem muitas coisas, inclusive a costumeira promessa de preocupação maior com a educação.

Já ouvi tanto sobre isso, que não mais discuto as fartas retóricas desses fatos. Tão pouco retenho o prometido, porque promessa de políticos não é dívida é masoquismo a quem queira acreditar.

O fato é que o descrédito da população jovem brasileira, bate à porta da nossa sociedade e cobra um alto preço, por essa falta de compromisso da mãe pátria, com os seus filhos das três última gerações, hoje, uma faixa que vai dos 10 aos 30 anos de idade.

Nessa idade a minha geração tinha ânsia pelo aprender, pelo conhecimento e busca do novo, sabíamos fazer a boa crítica, e não costumávamos levar dúvidas para casa.

Hoje por incrível que pareça, com toda a tecnologia disponível, pelo menos nos médios e grandes centros urbanos, dentro do possível a todos, nos deparamos com uma massa de jovens alienados, que não conseguem raciocinar, não gostam de estudar e se divertem as custas dos que, do outro lado lutam bravamente, para vencer a barreira do desânimo que assola a juventude brasileira.

Há muitos pais que não educam, não cobram o mínimo necessário aos seus filhos, deixando-os a própria sorte e a mercê de um mundo cada vez mais contaminado por armadilhas e veredas tortuosas.
 
Esses pais acham que a educação cabe a Escola e aos professores, esquecendo que a esses, cabem tão somente o papel de dar conhecimento, promover a cidadania com direitos e deveres, reforçar a ética e a liderança, para o campo profissional almejado.
 
Por outro lado, há professores que não inovam, continuam transmitindo aquilo que aprenderam e como aprenderam, nos antigos bancos escolares e universitários. Nossa juventude se torna refém de velhas práticas e o pior acredita nesse velho caminho percorrido, que por certo levará a lugar nenhum.

O jovem não mais questiona em sala de aula, carrega a dúvida daquilo que não aprendeu. A dúvida da aula dada e não do efetivo ensinamento e aplicabilidade da matéria ensinada.

A Escola com grade curricular que não contempla a cidadania, os direitos e deveres das pessoas, a cultura do conhecimento elevado, as artes e seus modelos, a ética e a priori o pensamento humano de coletividade, parceria, apoio solidário e a formação da imagem do indivíduo perante os seus pares. O relacionamento humano na sua essência, simplesmente inexiste.

Essa massa jovem, não acredita no estudo como base e ponto de partida, para voos mais elevados. Não creem serem capazes de mudar o Brasil, mudar o depauperado sistema político existente e recuperarem a autoestima, o amor pela pátria e por si mesmos.

Busquemos através das nossas reflexões e práticas aplicadas, reverter o desânimo em esperança, o arcaico descompromisso no compromisso motivacional de líderes. Elevemo-los do desrespeito a si mesmo ao respeito mútuo e a ética coletiva.

Acreditemos todos, apesar do descompromisso político com a educação, a falta do interesse público, para com os nossos jovens, fechando Universidades, Escolas, minguando os turnos de aulas, desincentivo ao estudo noturno, como quer fazer o governo do Rio de janeiro.

Não podemos calar, vamos incentivar a juventude a conhecer seus deveres e os seus direitos, melhor ainda, ensinar-lhes o caminho das pedras, para num futuro bem próximo, destravarem as portas do saber e do conhecimento para as futuras gerações brasileiras.

Rio, 20 de Julho de 2018
Feitosa dos Santos