Nietzsche, Piaget, Bachelard e a Educação
Nietzsche, filósofo do século XIX, com seus livros e frases impactou as estruturas sócio/morais mais sólidas dessa época, principalmente, quando escreveu e divulgou que o homem precisa aprender a “conhecer-se a si mesmo” ganhar independência das forças externas ou divinas, para então poder atrever-se, ousar em acolher outras perspectivas ou razões para viver, isto é, transcender a própria sorte, descobrir-se e descobrir o outro, a vida e, as coisas do mundo, ou ainda, o "homem ir além do homem” .Estas magníficas ideias estão presentes em um dos seus livros - Humano, demasiado Humano - Sub Título - Livro dos espíritos livres.
Acredito como ele que somos mais livres que julgamos poder ser, porque temos a força, o poder de encontrar soluções para resolver problemas de diferentes naturezas, a partir de nossas já construídas estruturas mentais, que se transforma à medida que é questionado ou mesmo, colocado em cheque. O resultado é a criação de múltiplos caminhos possíveis de serem trilhados.
Reflitam a partir das sugestões e da descrição que Nietzsche faz do ser humano, que pode ser encontrada no mesmo livro já, mencionado acima ou no documentário, conduzido por Allan Botton escritor e produtor famoso por popularizar a filosofia na vida cotidiana – Site - Canal do ensino – Guia do professor.
"Seja como fores sejas você mesmo sua própria fonte de experiência. Jogue fora seu descontentamento pela sua natureza e perdoa a si mesmo. Está em teu poder misturados às suas vivências, teus momentos excitantes, erros, ilusões, paixões, suas experiências, teus amores e tuas esperanças. Tua própria meta e nada mais"
Tendo como base o trecho acima, fiz uma leitura pessoal relacionando o sentido das palavras de Nietzsche com alguns dos princípios educacionais mais importantes, presentes em quase todos documentos oficiais que deveriam orientar os trabalhos educacionais, em escolas.
Minha leitura
Identidade em favor de relações mais saudáveis, sugerindo o autoquestionamento, como também, o questionamento do já instituído,
À medida que eu me questiono dou uma passo a mais rumo ao autoconhecimento e, é esse caminho trilhado com frequência que contribui para que o homem possa conhecer-se e amar-se simultaneamente.
Conhecer-se para aproveitar tudo o que temos de melhor e, transgredir, transcender, aprender sem culpar-se que errou, amou, sofreu, apaixonou-se, correu riscos, pois sabe-se que de um jeito ou de outro houve progressão, em muitos dos nossos processos em curso.
O que Nietzsche tem a ver com Jean Piaget ou Bachelard?
Piaget, conforme os estudos já realizados sobre como o conhecimento é construído, inclusive já comprovado cientificamente, não temos nenhuma dúvida que pensar, ou ainda ter ideias, reconstrói estruturas mentais, o que representa para o aprendiz um momento desafiador e mágico, entre ele e objeto de estudo. Quer dizer, segundo seus estudos, o conhecimento é construído de dentro para fora, próximo do que pensava Nietzsche.
Quanto ao filósofo e poeta francês Bachelard, ao escrever sobre a formação do espírito científico ele, também, dá ênfase à importância dos conhecimentos prévios e, que uma vez, confrontado, temos aí, a chance de descobrir e criar novas formas ou fórmulas que definem, conceitualmente, os fenômenos presentes na natureza.
Nessa dança entre o que eu sei e o que eu não sei crio, reinvento, descubro outras formas de ver o mundo, com muito mais significado, porque tudo passa pelo que está e se expande.
Identifico no ditos e não ditos de Nietzsche nas teorias tanto de Piaget quanto de Barchelard que o homem é concebido com um ser em processo, como possibilidade para criar e transformar o que está culturalmente instituído.
Nosso desafio está posto, mesmo com caminhos bem definidos de como o homem aprende e supera suas reais necessidades há mais de dois séculos, os problemas na Educação ainda estão presentes, na grande maioria das nossas escolas. Nossos professores, pouco acompanhados, continuam resistindo em abrir espaços para que alunos interpretem além de compreenderem, como também, em trazer à tona seus conhecimentos prévios ou mesmo a linguagem das massas, para, e, a partir daí, percorrerer outros universos que lidam com outros jeitos de ser, estar e, conviver no mundo.
Yvone Restom
28/10/2015
Nietzsche, filósofo do século XIX, com seus livros e frases impactou as estruturas sócio/morais mais sólidas dessa época, principalmente, quando escreveu e divulgou que o homem precisa aprender a “conhecer-se a si mesmo” ganhar independência das forças externas ou divinas, para então poder atrever-se, ousar em acolher outras perspectivas ou razões para viver, isto é, transcender a própria sorte, descobrir-se e descobrir o outro, a vida e, as coisas do mundo, ou ainda, o "homem ir além do homem” .Estas magníficas ideias estão presentes em um dos seus livros - Humano, demasiado Humano - Sub Título - Livro dos espíritos livres.
Acredito como ele que somos mais livres que julgamos poder ser, porque temos a força, o poder de encontrar soluções para resolver problemas de diferentes naturezas, a partir de nossas já construídas estruturas mentais, que se transforma à medida que é questionado ou mesmo, colocado em cheque. O resultado é a criação de múltiplos caminhos possíveis de serem trilhados.
Reflitam a partir das sugestões e da descrição que Nietzsche faz do ser humano, que pode ser encontrada no mesmo livro já, mencionado acima ou no documentário, conduzido por Allan Botton escritor e produtor famoso por popularizar a filosofia na vida cotidiana – Site - Canal do ensino – Guia do professor.
"Seja como fores sejas você mesmo sua própria fonte de experiência. Jogue fora seu descontentamento pela sua natureza e perdoa a si mesmo. Está em teu poder misturados às suas vivências, teus momentos excitantes, erros, ilusões, paixões, suas experiências, teus amores e tuas esperanças. Tua própria meta e nada mais"
Tendo como base o trecho acima, fiz uma leitura pessoal relacionando o sentido das palavras de Nietzsche com alguns dos princípios educacionais mais importantes, presentes em quase todos documentos oficiais que deveriam orientar os trabalhos educacionais, em escolas.
Minha leitura
Identidade em favor de relações mais saudáveis, sugerindo o autoquestionamento, como também, o questionamento do já instituído,
À medida que eu me questiono dou uma passo a mais rumo ao autoconhecimento e, é esse caminho trilhado com frequência que contribui para que o homem possa conhecer-se e amar-se simultaneamente.
Conhecer-se para aproveitar tudo o que temos de melhor e, transgredir, transcender, aprender sem culpar-se que errou, amou, sofreu, apaixonou-se, correu riscos, pois sabe-se que de um jeito ou de outro houve progressão, em muitos dos nossos processos em curso.
O que Nietzsche tem a ver com Jean Piaget ou Bachelard?
Piaget, conforme os estudos já realizados sobre como o conhecimento é construído, inclusive já comprovado cientificamente, não temos nenhuma dúvida que pensar, ou ainda ter ideias, reconstrói estruturas mentais, o que representa para o aprendiz um momento desafiador e mágico, entre ele e objeto de estudo. Quer dizer, segundo seus estudos, o conhecimento é construído de dentro para fora, próximo do que pensava Nietzsche.
Quanto ao filósofo e poeta francês Bachelard, ao escrever sobre a formação do espírito científico ele, também, dá ênfase à importância dos conhecimentos prévios e, que uma vez, confrontado, temos aí, a chance de descobrir e criar novas formas ou fórmulas que definem, conceitualmente, os fenômenos presentes na natureza.
Nessa dança entre o que eu sei e o que eu não sei crio, reinvento, descubro outras formas de ver o mundo, com muito mais significado, porque tudo passa pelo que está e se expande.
Identifico no ditos e não ditos de Nietzsche nas teorias tanto de Piaget quanto de Barchelard que o homem é concebido com um ser em processo, como possibilidade para criar e transformar o que está culturalmente instituído.
Nosso desafio está posto, mesmo com caminhos bem definidos de como o homem aprende e supera suas reais necessidades há mais de dois séculos, os problemas na Educação ainda estão presentes, na grande maioria das nossas escolas. Nossos professores, pouco acompanhados, continuam resistindo em abrir espaços para que alunos interpretem além de compreenderem, como também, em trazer à tona seus conhecimentos prévios ou mesmo a linguagem das massas, para, e, a partir daí, percorrerer outros universos que lidam com outros jeitos de ser, estar e, conviver no mundo.
Yvone Restom
28/10/2015