Bulling e droga nas escolas
Dia desses observei numa escola municipal o comportamento das crianças enquanto brincavam no pátio durante o recreio. Fácil perceber os excluídos, os tímidos, os sofredores de bulling. Depois, na sala do diretor, discuti com ele e com a secretária da educação municipal, sobre o que havia observado e expus minha opinião a respeito. Ela concordou mas retrucou, alegando não haver política para mudar esse estado de coisas. Comentário típico de quem empurra a sujeira para debaixo do tapete ou abre mão de iniciativas.
Depois, quando acontece, ninguém sabia de nada, nem imaginava a possibilidade. E, no entanto, era tudo previsível! Pensam em apagar incêndio, mas não valorizam a prevenção. A maioria não se preocupa com o planejamento a médio e longo prazo; pensa, apenas, na próxima eleição. Delega a iniciativa e cruza os braços. Enquanto for assim... a escola será uma droga e esta estará literalmente rondando do lado de fora e adentrando descaradamente como a coisa mais natural do mundo.
Comentei sobre isso também. E eles (o diretor, a vice-diretora e a secretária) apenas abaixaram a cabeça impotentes... Fácil deduzir o motivo, pois todos sabemos porque a droga, os traficantes e os chefes da distribuição (identificados por alguns como sendo de famílias influentes e "de bem") andam soltos por aí... É preciso, portanto, fomentar o debate para abrir olhos e buscar soluções. Senão, infelizmente, o futuro que teremos será disto para pior...
Precisamos parar, também, com esse negócio de que os educadores não podem sequer "relar" a mão naquele "estudante" que só vai na escola para bagunçar e dar mau exemplo. Estes "alunos", no entanto, podem bater e até matar o professor... Acabemos de vez com essa hipocrisia! Busquemos alternativas eficazes para essas situações atípicas envolvendo marginalização e desrespeito a profissionais e autoridades constituídas que merecem maior consideração e amparo legal, não o contrário.
De uma forma geral devemos, de fato, repensar a política de ensino e a atuação efetiva dos responsáveis diretos. A comunidade também deve participar mais ativamente da Escola em que seus filhos estudam. Afinal somos todos responsáveis. Inclusive pelos governantes que escolhemos.