Violência nas escolas

Em Aparecida de Goiânia, Goiás, foi realizado recente um simpósio promovido pela Secretaria da Educação, Saúde e Juizado da Infância e Juventude e com a participação de outros órgãos. Foram discutidas as causas e as consequências da violência nas escolas.

A juíza da Vara da Infância e Juventude em uma entrevista para uma televisão, disse que é grande o número de representações que chegam ao Poder Judiciário, em que professores são agredidos, ameaçados e ainda têm os seus carros danificados por alunos. E que nos Juizados Especiais Criminais, também há representações de alunos contra professores.

Os professores disseram que são o tempo todo intimidados por alunos, que não conseguem desempenhar as suas funções e que o ensino fica prejudicado. Alguns professores traumatizados com a violência que sofreram abandonaram as salas de aulas, estando em tratamento psicoterapêutico ou exercendo outras funções.

A violência nas escolas está em toda a parte, por todo o Brasil. É praticada de alunos para professores, de professores para alunos e de alunos para alunos. Em Goiânia um aluno foi assassinado por outro aluno com disparo de arma de fogo. Em Porto Alegre uma professora foi agredida a socos e pontapés por uma aluna, sofreu traumatismo craniano. Em recuperação ela não quer mais voltar às salas de aulas. E ontem, na grande São Paulo, um estudante com uma arma de fogo disparou contra uma estudante causando-lhe lesões em seu joelho.

Por todo o país há muitas apreensões de armas de fogo e armas brancas nas escolas feitas pelas polícias. Algumas escolas adotaram detectores de metais e câmeras, sem resultados. O problema é mais complicado, porque há alunos que usam drogas e praticam crimes e são uma ameaça constante à segurança.

As escolas das periferias das grandes cidades são as que mais sofrem com todo o tipo de violências, pois recebem alunos de famílias desestruturadas e com problemas sociais, isto é, pais separados, desempregados e alcoólatras. E esses alunos são revoltados, violentos, sem nenhuma formação e com dificuldade no aprendizado.

Alguns educadores defendem uma harmonia entre professores e alunos, uma nova metodologia. Os governos federal, estaduais e municipais precisam investir em segurança, criarem uma polícia especial. Os Conselhos Tutelares precisam se instalar dentro das escolas para acompanhar alunos com problemas. As Delegacias da Criança e do Adolescente precisam investigar os alunos infratores. Os professores precisam estar mais bem preparados. E os pais de alunos precisam ser visitados e convocados para reuniões. Enfim, há muito trabalho pela frente.

(publicado no blog: http://alonso.pimentel.zip.net, em 27-03-2009)

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 16/08/2010
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