Orçamento, Plano Estratégico e Gestão
A empresa deve medir a todo o momento o seu desempenho operacional, financeiro e econômico. Mas medir em que base? Comparar com o quê? Como saber se os resultados apresentados são bons? Se a empresa está no caminho certo?
No dia a dia os gestores reagem às necessidades demandadas pelo mercado, tomando decisões pela experiência ou, em muitas situações, pelos números apontados de forma isolada, pela emoção, pressão, influência das decisões da concorrência, às vezes sem pensar no efeito caixa, no orçamento, no plano estratégico e em outras variáveis.
Quantos na verdade tomam suas decisões com base na gestão do orçamento e em linha com o plano estratégico? Os executivos têm, valorizam e consultam estes instrumentos?
As empresas devem efetivamente investir tempo na elaboração do seu orçamento e principalmente do seu plano estratégico. Deve existir uma agenda e um comprometimento do presidente para esta atividade extremamente relevante para a condução dos negócios. Assim pode-se medir, acompanhar e ajustar os desempenhos operacional, financeiro e econômico.
Para uma boa elaboração do orçamento e do plano deve-se obrigatoriamente entender, interpretar, absorver e planejar criativamente os efeitos nos negócios, em função dos cenários econômicos, financeiros, tecnológicos e sociais. Para isso deve-se escutar e estudar muito o mercado, clientes, fornecedores, bancos, colaboradores, governos e concorrentes, bem como os indicadores macroeconômicos.
Assim, pode-se prever a necessidade de mudança de rota em determinados momentos, da criação de planos de contingências e da qualificação do quadro de colaboradores. É possível também reconhecer quando será preciso desenvolver novas soluções ou produtos, qual será o caminho para ganhar mercado, identificando novas necessidades dos consumidores e oportunidades e/ou necessidades de alianças estratégicas junto aos clientes ou fornecedores. Consegue-se ainda verificar as exigências legais do mercado como a responsabilidade com o meio ambiente, a tentativa de prever impactos nos negócios em função de crises locais e mundiais, das variáveis políticas, legais, tecnológicas e financeiras.
Estas ferramentas de curto e longo prazo, respectivamente, devem ser formalizadas e são fundamentais para que os objetivos esperados pelos acionistas, colaboradores, mercados e sociedade sejam atingidos. Trata-se do plano de voo que permitirá prever os caminhos e os cenários possíveis que a empresa enfrentará durante o período em análise. Mas isso só será efetivo se a empresa praticar gestão no cumprimento do orçamento e do plano estratégico.
Será através da gestão que o orçamento e o plano estratégico ganharão vida e poderão ter êxito, alcançando resultados mais eficientes. A gestão tornará estes instrumentos mais presentes e dinâmicos no dia a dia, ajustando-os à realidade que é imposta, tornando-os atualizados, válidos e vivos.
Todos os anos, no mês de setembro, as empresas que têm o exercício fiscal idêntico ao ano calendário começam a calcular o orçamento do ano seguinte e também a elaborar seu plano estratégico que, na maioria delas, abrange os próximos 2, 3 e 5 anos.
A sua empresa já começou este movimento para a construção e sua preservação no futuro?