O mundo do Direito bastante me fascina. No universo das criações humanas o Direito é a jóia. Está bem, as demais ciências também gozam de seus prestígios,em que pese eu achar linda a biologia, eu não tenho credenciais para falar dela, na verdade, nem de Direito (ainda). Tranquei o curso por motivo de saúde no terceiro período. Mas, não enterrei o sonho da retomada. Se os planos derem certos, 2025 eu recomeço o meu curso, ou reinicio, já que será em uma universidade diferente, talvez eu tenha que começar do zero novamente. Mas, não vejo isso com pesar. Mas, sim, como uma oportunidade de reatar o contato com as disciplinas propedêuticas.

O estudante de direito mais animado talvez se pergunte: "Para que serve essa fase introdutória? Eu quero é o sangue escorrendo no Direito Penal. Quero as brigas de famílias ou meu foco é ser consultor previdenciário, não preciso disso de introdução." Olha que precisa!!!

A propedêutica, segundo definição encontrada na internet  é o conjunto de ensinamentos introdutórios ou básicos de uma disciplina; ciência preliminar, introdução. Em Administração, temos como propedêuticas as disciplinas de Teoria Geral da Administração que pode ser concentrada em uma única cadeira ou subdividida em até três, a depender da faculdade. No curso de História temos as disciplinas de Filosofia aplica à história,pré-história e história antiga. No Direito temos a Introdução ao estudo do direito como propedêutica ao lado de Filosofia do direito e Sociologia do direito. Apenas fazendo um adendo, Nader faz questão de informar ao estudante que, enquanto a Filosofia do direito e Sociologia do direito possuem objetos específicos de estudos, a Introdução ao estudo do direito faz uso dos conceitos gerais que permeiam a ciência. Os conceitos específicos cabem a cada disciplina em particular. Assim, enquanto a Introdução está preocupada com que o estudante entenda o conceito e acepções da palavra direito, ao direito penal cabe a explicação do que seria crime.

Deixa apenas eu compartilha com vocês uma experiência que tive durante as aulas de sociologia aplicada à administração. No início do curso, a professora indicou vários livros que seriam abordados na disciplina e pediu que levássemos para a próxima aula. Na aula seguinte, ela perguntou se encontramos algum livro dos livros indicados. Eu disse que não encontrei nenhum de Durkheim, mas que tinha encontrado um da esposa dele: a Emily Durkheim. Essa professora riu. Riu muito a ponto de ter que se sentar. Depois ela explicou que não era a esposa dele e sim o próprio. Espero que com essa minha constragedora experiência, eu tenha conseguido mostrar que as cadeiras propedêuticas são importantes e que não valorizá-las deixará uma lacuna significativa em nossa formação.