Chico Xavier fez mais, bem mais que o Papa
Provavelmente, o mineiro Chico Xavier, tenha sido de mais relevância social que o Papa. No entanto, sem ruminação da mídia e por não ter saído da região de Uberaba, MG, sumiu no redemoinho poeirento espiritual. Em contrapartida, até o manguaça, chamado Lula, decretou luto de 7 dias por causa da morte do Senhor de batina longa.
Como Chico, por aqui, em terras de incautos, incultos e mentes solúveis, o vendedor de bananas nos morros do Rio, Machado de Assis falante de outros idiomas, o insuperável Ariano Suassuna que preferia o oxente ao Helô - sem nenhum dEles terem morado nos "esteites" - o requintado humorista Jô Soares, o subestimado Oswaldo Cruz, o artesão Aleijadinho e suas obras barrocas, provam que para ser reconhecido e visto aqui ou mundialmente, deve-se amarrar uma melancia no pescoço ou rebolar sobre sapatos saltos 15. Assim feito, é preparar-se para as fotos e holofotes.
Será por isso que está na Bíblia: "o que fizeres com a mão direita, cuide para quê a mão esquerda não tome ciência do feito pela direita; e vice-versa"?
É, contrário do que disse o Papa com relação ao virtuosismo brasileiro: "o brasileiro é de muito álcool e pouca oração", da verdade, ensinamentos e lições de Cristo, os cristãos tem pouco; ou nada.
Menção para Chico, mestre de carne, ossos e pecados, que nos últimos meses antes de morrer, dizia aos que iam visitá-lo: "estão teorizando em demasia a doutrina e esquecendo de fazer a obra; e sem caridade meus caros, não há salvação".
Também é bíblico que "sejamos cumpridores e não apenas ouvinte da palavra, para que de nossas bocas não saiam discursos enganosos e levianos". Aos aparecidos e idólatras que oram, mas não vigiam, por isso são tentados, a "cusparada" acima basta.
Fato é que a morte lança uma enorme pedra, lança um rochedo sobre tudo...; portanto, momentaneamente, o alarde; e não demorará muito para os holofotes e luto se apagarem, fazendo esquecer quem fez bem ou mal.
Enquanto não ocorre a consumação, a qual será após a divisão da herança - caso o defunto seja detentor de posses -, a desdita humana foi isso; é isso; e será sempre isso.
Em breve o adeus ao Papa ecoará; e se Ele continuar existindo, será só e somente, nas fotos do Vaticano. Então, adiantado o meu: adios Hombre, vaya con Dios; e ao chegar la, vê se aprende alguma coisa com Chico Xavier; patrono que, acima da doutrina espírita, foi um líder de frente na arte de ser humano em fazer bem.
P.S.: em tempo, Galvão Bueno disse que "perde o sono com esse negócio de técnico interino". Saca só a preocupação do sujeito!
De pensamento semelhante ao do Galvão, temos mais de 210 milhões neste país de idólatras e vigaristas engodistas.