O cavalo de pau do Alceu Valença
Sequencialmente, antes do Cavalo de Pau do Alceu Valença, apresento-vos a gênese do populismo nosso de cada Político. Vamos aos aberrantes fatos:
Diante de tantas facilidades e notórios assistencialismos governamentais, esforço, querer, superação, conquista, insistência, perseverança e automotivação é voto vencido; é capital psicológico humano de pouca valia. E não adianta tentar retomar tais conceitos, porque os vícios (maus vícios) foram implantados e ao longo do tempo, tornou-se estrutura sólida sustentando o maciço piramidal.
Bendito seja Maluf, o Senhor que Roubava mas fazia, que nos idos anos 80, semeou as sementes da assistência, para os opositores adotarem o iniciado por Ele; e assim, colherem os bons frutos e abundantes oriundos votos do assistencialismo.
Provavelmente, ninguém se lembra que foi Maluf quem iniciou a cultura assistencial, na qual eram distribuídos 30 tíquetes, (um por dia) chamados Leve Leite, para os alunos desvalidos e vítimas sociais que frequentavam a escola; e uma vez que pão e água devem ser distribuídos para todos, os pais recebiam os tíquetes para em seguida, trocarem por um maço de cigarro (daqueles chamados mata-ratos) ou uma garrafa de manguaça, marca Sapupara.
Eu debutava ser cidadão brasileiro e cansei, esgotei, ficava enojado de tanto ver o corrupto português bigodudo da padaria gargalhar de contentamento, quando a turba do trabalhar, dá trabalho, encostava o umbigo no balcão para efetuar a troca.
Sociedade é estrada de mão dupla, portanto, uma vai e outra vem; assim posto, se há o ladrão, há o receptador, se há o corrupto, certamente, há o corruptor, se há o político, há o eleitor, se há a igreja, há o religioso; todavia, no momento oportuno, todos ficam em cima do muro, ou seja, trafega em cima da faixa amarela divisória entre as mãos. Exato, eureka: a omissão é elo que une, emenda todos na mesma corrente.
O brasileiro é mestre, deleita-se com o "faz de conta", com o "juro que não fui Eu, mas vi. Juro que vi, mas não conto. Afinal, por que Eu tenho que abrir a boca, se Jesus Cristo foi outro; e contrário do primogênito de Deus, enquanto Eu vejo, ouço e fecho o bico, preservo minha saúde e o melhor: preservo minha vida.
Nunca vi com minhas vistas abertas, olhos que outro Ser de olhos arregalados, chegará terra solta sobre elas, alguém morrer por alguém; destarte, que Eu não seja o primeiro".
O cavalo de pau do Alceu Valença
Combatem, achincalham o conservadorismo, à osmose, alteram os conceitos formadores de opinião, contudo, porém, originalidade e autenticidade são fundamentais para a cultura de um povo. Em razão da verdade, preservação cultural e renovação geracional, representam a evolução e prosperidade de um povo.
Perdeu-as no tempo, vendeu-as por rebolados de bundas com duas bandas nuas, na esquina; trocou-as por sopros de corneta tocadas por arlequins com nariz, mas sem nariz de palhaço, fumou uma ponta de baseado e a mente não respondeu à imaginação, ou seja, ficou estacionada no mesmo lugar, a democracia limita-se ainda mais aos blá, blá,blás teóricos, o discurso sobe à rasura superficial, o balão da radicalidade fundamentada mofina e por fim, as futilidades emergem das profundezas, assombrando os que conhecem o lado "A"; e por conhece-lo, não participam do séquito da mesmice que trafegam no lado oposto da cultura refinada.
Sobre quem escrevi o breve histórico? Alceu Valença. Obvio que existem inúmeros outros, sobretudo, nos idos anos 70 até 80, a cultura musical brasileira era milionária. Com efeito, cito também 'Os Incríveis", e só um verso de uma das letras, diz porquê Eles eram incríveis: "Esse ano, quero paz no meu coração;
Quem quiser ter um amigo, que me dê a mão..." era chegar o mês de dezembro, findava a primavera e os jardins das casas, os arbustos das calçadas das cidades e os quintais (naquele tempo os muros baixos não tinham a finalidade de delimitar presídios) enchiam-se dos acordes e notas da canção; e os pássaros assoviam a melodia, alegremente, culminando com um final de ano, no qual havia um "quê" cultural educativo e acima de tudo, respeito à civilidade no uso de coisas privadas e públicas.
Na virada de ano, nas praias do Rio de Janeiro, cidade que já foi maravilhosa, os garis suaram as camisas para coletar as 370 toneladas de lixo deixadas; fato que é desrespeitoso com quem não é de sujeira, com o que é público e com os animais marinhos; principalmente, com as espécies mais frágeis ao barulho, tumulto e poluição. Por instinto, tais espécies sabem que silêncio, harmonia e serenidade formam uma divina trilogia.
Triste e medonho é o povo que lança por terra seus legados; afinal, o sábio disse que todo povo deve ter heróis; e respeitar os seus heróis, digo, respeitar os cidadãos exemplares, é mante-los vivos.
Em pouco tempo, quando muito em 5 décadas, ou seja, em menos de quatro gerações, morremos vivos.
Quer saber, chega: Vou mim'bora pra minha Passarada.
(re)acordar - dá-lhe Rita Lee
Não é somente despertar,
Enlaçar os elos,
Arregalar os olhos,
Mas, trazer à baila,
A dança que nos fez dançar,
Um prá lá,
Dois prá cá,
Bailado cirandado;
E o teatro trágico da vida,
Não (re)encenar,
Não (re)dançar.
Dançar uma vez é necessário ao aprendizado;
Duas,
Fixam os passos e a coreografia da dança;
Três,
É estupidez das pernas,
E aos que se dizem inteligentes,
Conivência das mentes.