Os (des)Tinos dos Nordestinos

Brilham as Purpurinas em Gravatas Babadas

Belchior: "Nordeste não existe, Nordeste é uma ficção"...

Zé Ramalho: "o tempo mentindo que os ventos do Norte não sabem soprar" ...

Xangai: "de nada vale tanto esforço do meu canto, prá nosso espanto tanta mata,

vão matá"...

Sá, Rodrigues e Guarabira: "vai seguindo a profecia, que dizia: o sertão vai virar mar, o mar vai virar sertão"...

Alceu Valença: "Barcarola do São Francisco, me leve para outro lugar"...

Raul Seixas: "Eu sou baiano de Crenhenhém, 12h de jegue, 10h de canoa, 5h de trem".

Euclides da Cunha: "O nordestino é antes de tudo, um forte".

Mutagambi: "O nordestino visto por mim, é antes de tudo, um carnívoro usando camiseta com inscrição em inglês; preferencialmente, comedor de carne de bode".

E se seguir o recomendado pelo leão glutão, ao comer carne aos montes, dorme sossegado, hiberna por horas e horas.

Conclusão: a saber, um fraco rei, faz fraco, o forte povo. Arria, adormece o leão.

Ambientalista: "muito vento, venta a ventania, e nenhuma pá girando, produzindo luz, fabricando energia limpa. E não por culpa dos ventos, Zé Ramalho, que sabem soprar, sim.

Luiz Gonzaga, o Gonzagão: "minha vida é andar por esse país, para ver se um dia descanso feliz"...

Na Bahea,

A quentinha,

Bem friinha,

Sem acarajé,

Num quema o céu da boca.

Sol queimando,

Nada de novo,

Deliça danada,

Moleiras sem boné,

Né, Zé do bode!

E dentre os muitos destinos dos Nordestinos, está a perda de suas raízes, costumes, tradições e nordestinidades. Infelizmente!

P.S.: a Natureza nem tanto, mas o ofertado pelas mãos "acolhedoras" de certos homens no decorrer do tempo, transformaram os próprios homens.

Alteraram, silenciosamente os ecos do enredo da história, assentaram a poeira no horizonte, mudaram as características das árvores cascudas e retorcidas da caatinga; pois manda a insensatez, que o que não se conhece a olhos nus, desprovidos de óculos de grau e ramelas, é "verdade" absoluta.

Testemunha

De olhos arregalados, prometo não ser nada mais ou menos, que as verdades que os dois abiúdos viram, mensuraram e por fim, testemunharam.

Custe o que custar, prometo ser em pessoa, o descrito acima; afinal, não serei Eu mais um covarde a omitir a verdade no universo clientelista e protecionista, humano.

Não basta sonhar, mas também irrigar a semente da ilusão.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 28/08/2022
Reeditado em 29/08/2022
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