Capturei Lázaro
Caça Lázaro
Senhores e senhoras, nobres amigos escritores, comunico-vos que daqui à pouco, logo que este for lido, me ausentarei da confraria nossa, de cada escrito, para dedicar algumas horas de meu dia, à caçada do terrorista dos arrebaldes do estado de Goiás.
Que Deus me ilumine nessa empreitada; e apague a luz dele.
Bom dia!
Mutagambi
O homem é explorador, algoz voraz do homem; mas nada se compara a exploração do homem à Natureza. Desmatam, tocam fogo, destocam, dizimam a flora e a fauna, impiedosamente; usurpam os recursos naturais sem dó, sem o menor sentimento empático.
Embora façam de tudo para esconder a verdade, representando o bem e o mal, Deus e diabo, religião e poder sempre travaram grandes, veneradas e sanguinárias batalhas.
"Às vezes é melhor caminhar nas trevas, que sob a luz do Sol".
Proseletismo idólatra e fé cega, duelam no escuro; e entre a morte e a vida, optam pela morte. Todavia, a morte é apenas para os pequenos que estão sustentando, carregando a imensa pirâmide do poder.
Ultimamente, religião e poder estão se aliando, no entanto, quem se favorece, lucra com as emendas, é o alto escalão do poder.
No sistema humano (principalmente o sistema atual), só existem duas correntes formadoras de castas: ou se é um fiel participante dos Víboras, que sentem-se marginalizados pela escassez de oportunidades; e por isso, tornam-se ladrões, meliantes, traficantes, estupradores, saqueadores, vagabundos, etc; (somado a outros tantos, com a palavra, o fugitivo Lázaro) ou se é um nobre parasita, (conforme conceito da biologia) que são àqueles que através da família e governo, conseguem estudar, ir para o exterior aprimorar o estudado, falar outros idiomas, etc, para mais tarde, retornar ao país e garantido por concursos, influências corporativas e votos, (no meio político e cargos públicos, estão infestados deles. Haddad é PHd em Escola Frankfurtiana e por conveniência, come na mão de ex-detento) usurpar e dominar o poder, tanto político, quanto social / econômico.
Engana-se quem pensa que assim não era, que assim não é, que assim não será! Sobretudo, na história humana, nada muda, tudo se repete.
Indefesas
Por ser cortada pelo machado afiado, cujo cabo ela nota que é de madeira maciça, as árvores derramam lágrimas em forma de leite, por não poderem se defender.
Nesta manhã chuvosa e fria,
Lá fora,
de cabeça para baixo,
Com as garras grudadas na parede,
a Curruira assovia, gorjeia, cantarola, lamenta, pia.
E o canário da terra,
Todo amarelo,
Brilhando feito ouro,
Cisca a relva molhada,
À procura de insetos,
Alimento para si,
Nesse tocante,
A Curruira,
Nada pode-lhe valer.
De asas abertas,
Entoa uma oração,
Implorando a Deus,
Que o predador tenha misericordioso coração,
E não arranque-lhe as penas,
As vísceras,
Não coma seu couro.
Em verdade vós digo: todo homem, incluindo os que se acham de boa ou má índole moral, tem um pouco de Lázaro em seu íntimo.
Um país não é, senão, sua geração!