Por que Morremos?
Você já se perguntou por que morremos, afinal? Não raro a morte, ao aproximar-se de nossos caminhos, traz consigo dor, saudades, incompreensão e revolta.
Se é assim, nada mais natural do que nos perguntarmos: Para que morrer? Ou, por que morrer? Será mesmo necessário passarmos, enfrentarmos situação tão dolorosa?
Se fizermos a pergunta a um filósofo, ele nos trará inúmeras propostas, discutidas e analisadas por eminentes pensadores, reflexionada por sábios e intelectuais, versando sobre a morte.
Se nos dirigirmos a um biólogo, ele trará as explicações do ciclo de vida da natureza, dos processos biológicos naturais, do envelhecimento da estrutura fisiológica.
Para esse ou aquele religioso, a resposta a essa pergunta se limitaria à expressão: É a vontade de Deus, nada mais conseguindo acrescentar. Diria que tudo o mais que cerca o fenômeno da morte é mistério de Deus, insondável para todos nós.
Mas, se alguém nos respondesse que morremos para voltar para casa, qual seria nossa reação? O que acharíamos da ideia da morte simplesmente como o retorno ao lar?
Em verdade, o que realmente acontece, é simplesmente isso, a volta para casa, despindo-nos de um corpo físico emprestado por Deus.
Todas as vezes que nascemos, e são inúmeras essas vezes, nos vestimos de um corpo material.
No momento da concepção no ventre materno, como Espírito imortal nos vinculamos ao embrião, para conduzir seu desenvolvimento.
Assim, ao nascermos, já serão nove meses de vínculo íntimo com esse novo corpo físico, que foi, ao longo dessas trinta e seis semanas, se desenvolvendo especialmente para nossa nova existência.
Todo um mundo de novas oportunidades e de aprendizado se inicia com essa nova encarnação.
E, como quem se matricula em uma escola, Deus nos oferece a oportunidade de, ao programarmos uma nova existência, nos matricularmos na escola da vida.
Para os que aqui estamos, a Terra é abençoada escola de aprendizado, que nos oferece oportunidades inúmeras de progresso.
Todas as experiências que temos, sejam elas vinculadas aos louros da vitória e da conquista, ou sejam adornadas pela dor e dificuldades mais variadas, se constituem em aprendizado para a alma.
Assim, como todo bom estudante, devemos aproveitar ao máximo a experiência.
Aproveitar a oportunidade da reencarnação para que os dias que estejamos aqui na Terra nos tornem melhores, para que entendamos mais detalhadamente as coisas de Deus.
E não há experiência na vida que não possa se transformar em aprendizado. Mesmo nossos erros mais graves são lições que, oportunamente, através da reflexão e do amadurecimento, se transformarão em entendimento do certo e do errado.
Porém, como toda escola, também natural que, depois do período programado para o aprendizado, retornemos ao lar.
Assim se dá conosco. Dia virá onde o retorno ao lar acontecerá inevitavelmente.
E quando o retorno de alguém que amamos se dá antes do prazo que gostaríamos ou imaginávamos, que consigamos substituir a dor, ou qualquer sinal de revolta perante a vida, pelo entendimento.
O entendimento de que, nesse retorno, todos nos reencontraremos, pois estamos vinculados, os que nos amamos, por laços que desconhecem o tempo e a distância.
Encarando a morte como um até breve, jamais como um adeus, conseguiremos tranquilamente enfrentar as temporárias separações.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita.
Em 15.06.2011.