Andrômeda e Perseu

Sílvia M L Mota

Perseu ou Perseus (em grego: Περσεύς, transl.: Perséus), na mitologia grega, é um semideus. Nasceu da princesa mortal Dânae e Zeus, o deus dos deuses. Tornou-se um homem forte, cobiçoso, audaz, intenso, impetuoso e sempre reconhecido como o protetor da mãe. Entre os seus grandes feitos, conta-se que matou a górgona Medusa.

Após o grande feito, ao retornar para casa, passa por uma ilha, na qual se depara com uma belíssima jovem acorrentada no meio do mar. Aproxima-se e investiga o motivo do castigo, que assim se edifica: trata-se de Andrômeda, filha de Cefeu (rei da Etiópia) e Cassiopeia. A princesa fora punida, porque sua mãe ousara anunciar a si e à filha, mais belas do que as 50 filhas dos titãs Nereu e Doris, as Nereidas, belíssimas criaturas de corpo feminino que habitavam o oceano. Ofendidas pela arrogância da rainha, as ninfas pedem a punição de Cassiopeia e do seu reino. Furioso, o deus dos mares Poseidon envia o monstro Cetus para destruir-lhes a cidade. Desesperado, Cefeu procura o Oráculo e recebe a orientação de oferecer a filha Andrômeda para o monstro Cetus, como forma de salvar o mundo. Cefeu e Cassiopeia, quiçá pressionados pela população, aceitam e acorrentam Andrômeda em um promontório, na costa da Etiópia, onde Perseu a encontra.

O herói promete salvá-la, sob o desígnio de que se casariam. Antes da jovem responder-lhe, as águas se abrem e surge o monstro devorador. Perseu lança-se à batalha sangrenta e, usufruindo das sandálias aladas de Hermes, vence o monstro. Os pais de Andrômeda, em reconhecimento, concedem-lhe a mão de Andrômeda.

Alguns historiadores dizem que Zeus oferece Pégasus a Perseu, para que salve Andrômeda. O cavalo alado é símbolo da imortalidade, porque nascido do sangue de Medusa quando a górgona fora decapitada por Perseu. Montado no belo animal, Perseu alcança o monstro Cetus e exibe-lhe a cabeça decepada de Medusa, petrificando-o.

Depois da sua morte, Andrômeda recebe uma homenagem de Atena, que a imortaliza no céu, sob a forma de constelação. Várias constelações contíguas (Perseus, Cassiopeia, Cetus e Cepheus), também simbolizam personagens do mito Perseu.
 

Andrômeda e Perseu
 
Andrômeda geme, além!
Que as dores do seu riso amores gládios são,
entre ondas e rochas, o ermo em cruz se faz.
 
Andrômeda geme, além!
Há pureza e candura na beleza aviltante,
que não sabe se impor ao delírio dos deuses.
 
É profana a injustiça!
Nenhum manto resguarda a nua esbeltez,
nenhum veio de fé, a trazer-lhe esperança.
 
O Sol castiga demente!
Esbraseia o pudor e afasta o perdão,
que se espraia na praia, a sorrir opressor.
 
O palato é deserto!
Mas há grito latente de medo ou pavor,
um delírio ofegante, que retalha a amplidão.
 
Há temor pelo ar!
Há veneno albatroz e o monstro espreitador,
que emerge e mergulha, em constante altivez.
 
De repente, o Herói!
É Perseu vencedor de batalhas vibrantes,
que voeja seguro, a dançar pelo céu.
 
Eis que a glória se faz!
Empunha o broquel, destrói o inimigo
e liberta a princesa, para o seu coração.

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 23 de julho de 2018 – 15h10
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 23/07/2018
Reeditado em 23/07/2018
Código do texto: T6398137
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