Dom Quixote é a Sombra do que foi Cervantes
Cervantes foi um lanceiro/espadachim social e mercador de sonhos a serviço do Rei; e antes de peregrinar nos labirintos das letras, o habilidoso escritor se meteu em ser arauto do diabo, afinal, lidar tanto com o Poder quanto com os súditos do Rei, exige coração gélido e punhos de aço. Em contrapartida, o espanhol aprendeu às duras penas o jogo dos opostos, teve contato direto com as individualidades e mesquinhezes do livre arbítrio imperando sobre a inteligência coletiva; pois indiferente à época e status quo, gente é gente e infalivelmente, não é nada confiável e muito menos, verdadeira e honesta. Sobretudo, gente é gente e não permite o entendimento, a flexibilidade; e quando as coisas não lhe são favoráveis, parte para a força bruta. A história da humanidade é prova cabal desse axioma.
Fora as controvérsias do "disse que disse" de não se saber a verossimilidade de determinado assunto, reza a lenda que atendendo os mandos do Rei, Cervantes corria a península Ibérica de cima a baixo. Era o mensageiro, o leva e traz, o porta voz, o cobrador oficial de impostos e o coletor de sementes e grãos, cuja finalidade era suprir e diversificar as culturas dos proletários rurais.
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