Manias; Mistérios e Enigmas do "Velho Chico" em 8 fotos
A lua enlaçada pelos anéis de brilhante; as cores do arrebol desfraldando a aurora; os fios de chuva que descem solenes ou ruidosos das nuvens e desfazem-se nos telhados; o céu cantado em cantilenas pelas estrelas, estão para os poetas e prosadores, como as águas mansas ou voluptuosas do Rio São Francisco estão para os letristas de música.
Foi com esse olhar, que vários compositores molharam a ponta da pena nas manias dançantes das águas, ora túrbidas pela fúria de ter sido mau usadas, ora mareadas de felicidade pela satisfação de missão cumprida, do "Velho Chico".
Dentre os muitos, França escreveu "Rio São Francisco, nosso irmão": "Lá vem o rio matando a sede do sertão / Lá vem o rio, é o São Francisco, nosso irmão".
Contudo, foi Geraldo Azevedo quem mais irrigou suas poesias musicadas com a placidez, ou voracidade das águas do "Velho Chico". Dentre as inúmeras magias sonoras retiradas das belezas que margeiam o rio, "Barcarola de São Francisco" merece ser ouvida com sensível acuidade e total desprendimento da matéria. Pois, a magia transcendente, os mistérios e a emoção fantasiosa são como os pássaros; e estarão onde as asas da imaginação pousar!
A introspecção é o laço reflexivo elucidando o pensador sobre os mistérios dos passos dados ao inusitado e jamais explicados pela ciência. Em pleno século XXI, a contagem regressiva ainda é (e sempre será) o grande enigma não decifrado pelos humanos.
A qualquer momento, a qualquer ínfimo instante, o instante deixará de existir; dando lugar ao nada. Assim foi a derradeira aparição de Domingos Montagner contracenada com o seu ciclo vital. Fora o eufemismo irônico existente na sobrevivência cotidiana, a vida em sua totalidade está em constante pé de guerra com os segundos agonizantes da morte.
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