CATARSE

CATARSE NA DEPRESSÃO

A CURA DA DEPRESSÃO E COMO ENCONTRÁ-LA

Quando uma pessoa não consegue administrar adequadamente seus conflitos normalmente, desenvolve-se em sua mente alguns males psíquicos que provocam desdobramentos, levando fatalmente a um desfecho psicológico que causa a maior de todas as dores. A DEPRESSÃO. Fala-se que a depressão é considerada, hoje, o mal do século. Um deprimido necessita da ajuda e da paciência dos seus familiares, pois tende a descontrolar-se constantemente em seu emocional. O quadro requer uma CATARSE. Catarse é uma palavra proveniente do grego "katharídzô" que significa "ato de purificar" ou "purificado". O dicionário Miniaurélio emite dois conceitos interessantes sobre essa palavra. O primeiro é “Purgação”. O segundo é “Liberação de pensamentos e emoções que estavam reprimidos no inconsciente, seguindo-se alívio emocional”. O tratamento aconselhado geralmente se conduz em direção aos profissionais da área como psicólogos, psiquiatras, neurologistas, parapsicólogos, pastores, padres, gurus, etc.; enfim qualquer um que trabalhe no campo do aconselhamento, seja ele um terapeuta habilitado legalmente ou não.

A Catarse pode ser aplicada em qualquer situação onde envolva sofrimento psíquico e várias são as maneiras em que é aplicada, assim como muitos são os que a almejam. Durante o aconselhamento, mesmo sem conhecimento específico da matéria, o terapeuta ou conselheiro a está aplicando.

Para se chegar à Catarse, será necessário trabalhar a mente do aconselhando nas áreas onde tenha passado por traumas emocionais dentro ou fora do círculo familiar, fazendo com que fale da sua vida pessoal visando descobrir o esconderijo de seus tumores emocionais para que possam ser sarjados e purgados.

Uma das maneiras mais eficientes de propiciar a ação da CATARSE é desfrutar de uma relação conjugal de boa qualidade. O casamento pode e deve funcionar de forma a realizar uma Catarse natural. A compreensão promovida pelo amor conjugal dará espaço ao desenvolvimento psicológico do casal em direção à unidade. Cada um olhará para o outro como um PORTO SEGURO e, com base nessa confiança e segurança de que tudo está bem, dá-se o começo ao processo de desarmamento.

No solo da desova de todo pensamento reprimido e de todo sofrimento psicológico acumulado, proveniente dos traumas de família e outras fontes de stress que rolaram ao longo da vida de solteiro, floresce a Catarse. O ambiente novo e gostoso que se desenvolve com o passar do tempo, dentro da relação, conduz à formação de uma estabilidade conjugal. Isso seria o resultado da CATARSE. Isso porém, parece um tanto utópico, considerando que “...ninguém é suficientemente idiota para fazer uma entrega de si mesmo a outrem com essa intensidade...”, segundo o que entende o raciocínio de algumas pessoas afligidas pela insegurança emocional.

Entretanto, se não há interesse de incrementar tal nível de cumplicidade, porque então casar-se???? Não seria então preferível permanecer solteiro ou solteira?

"Ter medo de amar é ter medo da vida, e os que temem a vida já estão em boa parte mortos."

Bertrand Russell

Quando o solteiro sente necessidade de fazer sexo, vai até a esquina, protege-se das “DST’s” e paga aí algum valor a uma garota de programa por uma “rapidinha”, e tudo continua sem grandes problemas. Sem envolvimento, sem compromisso...

Oh, que beleza se tudo fosse assim tão simples.

Bom, pelo menos, dessa forma, este “carreira solo” não sacrificaria inocentes vítimas que buscam nos relacionamentos uma solução para sua solidão, capturando-as para si e sacrificando-as no altar-mor do templo do individualismo sob os efeitos inebriantes do vinho do exclusivismo.

Para que a relação se conduza para a unidade e seja "catártica" é necessário que o patrimônio emocional, representado pelo território psíquico particular de cada um, seja sacrificado no altar do casamento e, assim, não haverá dois territórios, dois tronos, dois comandos. É necessário tão somente um único território, com um único governo, uma única cadeira de comando onde quem se assenta nela para comandar não é ele ou ela, mas o amor que os une.

Pena que a linha divisória dos territórios psíquicos pessoais de cada um dentre muitos casais nunca é eliminada de fato, ao contrário, com o incremento das dificuldades ela se mostra consolidada, portanto, mais forte a cada dia que passa. Inarredável. Cada um faz um enorme esforço para preservar sua individualidade em detrimento da relação, então sobrevive a ela.

Isso é a celebração do individualismo. O ideal é que o individualismo morra e nasça a mutualidade. O individualismo não encontra lugar no ambiente de amor e reciprocidade natural dos bons relacionamentos. Todo aquele que se casa e luta para manter a individualidade na relação, isola-se. Com essa postura certamente não permitirá que sua individualidade seja violada pelo outro. Ainda que isso possa proporcionar certa sensação de privacidade, porém assegura a morte da relação. A relação não tem sustentação própria por ter necessidade de ser construída e fortalecida dia a dia através do compartilhamento. Se não for mantida, alimentada, termina por fenecer qual frágil plantinha que não recebe a sua porção de água diariamente. O individualismo é uma blindagem contra o compartilhamento. Sem compartilhamento não há relação, sem relação somos apenas indivíduos. Juntos, mas desligados.

Em uma relação conjugal é necessário que haja uma disposição mútua para que as coisas caminhem. A relação saudável é como uma poderosa águia que alcança as maiores alturas em seu voo majestoso e forte. Tem asas possantes, mas a “poderosa” águia não vai sequer sair do chão até que as duas asas estejam sincronizadas para o voo. O que a eleva até acima das nuvens não é a força de cada uma de suas asas, mas sim a poderosa atuação das duas asas trabalhando em conjunto. A relação nunca irá decolar até que as “duas asas”, marido e mulher, estejam sincronizadas para entrarem em operação conjuntamente.