Efeito corona em sistemas elétricos
Regina Michelon


Quando partículas de contaminação e umidade estão em proximidade de campo elétrico intenso, ocorre o que chamamos de efeito CORONA.
A presença deste efeito é verificada por emissão de luz, barulho audível, com um som de fritura e cheio característico de ozona (“Gás de cor azulada e cheiro característico, que é uma variedade alotrópica do oxigênio (O3). É formado por exposição de oxigênio a uma descarga elétrica, existindo em pequenas quantidades na atmosfera”), semelhante ao cheiro de água oxigenada.
A presença do efeito CORONA em subestações elétricas e isoladores representam elevado risco de falta plena para a terra e esse é a principal abordagem para este artigo.
Não ocorre ozona em baixa tensão, não significando que o inspetor de sistema elétrico deva menosprezar a existência de contaminação do isolante destes equipamentos, pois isoladores de baixa tensão possuem características construtivas de distância dielétrica proporcional ao seu nível de tensão. Mesmo em baixa tensão, quando contaminado por agentes muito com condutor (carbono, poeira metálica, salitre etc) e em ambiente úmido, o risco de curto circuito é representativo e elevado.
Quando a contaminação é em média ou alta tensão, com a presença de ozona, já representa emergência com a necessidade de ação imediata, mesmo que energizada. Para isso, dispomos atualmente de lavagem de isoladores em hot line (energizado), com bastante segurança operacional.
Cabe ao profissional de manutenção identificar prontamente a ocorrência desse efeito com treinamento da observação em identificar o início desse efeito, evitando danos permanentes em isoladores e equipamentos.
A maneira correta de observar é avaliar os equipamentos em inspeção noturna, com iluminação apagada, onde as luzes azuis são mais visíveis. Também é melhor em momentos de menor emissão sonora. O efeito corona quando apresenta acentuado risco, possui cheiro muito forte, bastante desagradável. Manchas esbranquiçadas nos isoladores, provenientes de descargas parciais superficiais também são visíveis.
Os danos nos isolantes, (de sustentação de barramentos, em chaves corta circuitos, e em invólucros de TP’s TC’s transformadores a seco, mufla) quase sempre são corrigidos, quando efetuados por profissional capacitado.
A execução da medição de resistência de isolamento é uma ferramenta capaz de aferir as condições de operação destes elementos isolantes. Para fim de comparação no trabalho efetuado da descontaminação e retirada dos trilhos de vazamento elétrico, é importante efetuar esse medição, antes e depois do procedimento.
Após a avaliação e correção do efeito CORONA, o registro em relatório técnico da fonte de contaminação, vai ajudar a reduzir esses componentes contaminantes, ou isolar o equipamento elétrico. Quando isso não for possível, o engenheiro de manutenção buscará ação de manutenção com menir tempo operacional.
Minha experiência com contaminação em ambiente agressivo, me vez desenvolver ação de lavagem de painéis elétricos energizados e criação de bloqueios para evitar o acesso da contaminação.
Regina Michelon


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A Regina Michelon
Enviado por A Regina Michelon em 25/08/2019
Reeditado em 25/08/2019
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