No universo nada é por acaso

A idade do universo é estimada em 13,7 bilhões de anos e é calculada pelo afastamento das galáxias, o que originou à tese do big-bang. O problema é que nem todas as galáxias estão se afastando; e algumas até se aproximam, como a Andrômeda que está distante 2,5 milhões de anos-luz e em rota de colisão com a nossa galáxia daqui 4 bilhões de anos. Outro problema, é a idade de certas galáxias e estrelas estimadas entre 14 e 16 milhões. Portanto, a idade do universo tende a aumentar, com novas informações.

O universo tem um diâmetro estimado em 90 bilhões de anos-luz, o que contraria a teoria do big-bang pela expansão mais rápida que a velocidade da luz. Na verdade, o big-bang não originou duma grande explosão, pois no início não havia hidrogênio combustível das nebulosas e supernovas, e só havia energia e matéria escura, fenômenos inexplicáveis até os dias de hoje.

As estimativas são que existem 500 bilhões de galáxias e incontáveis estrelas, planetas e outros astros. O Paradoxo de Fermi, nomeado em homenagem a Enrico Fermi, físico italiano naturalizado estadunidense, com base num vasto número de galáxias e estrelas sugere a existência de civilizações extraterrestres e questiona a falta de contato com tais civilizações. E relata que a Terra é um planeta típico (comum) sujeito às mesmas leis universais e até sugere um número de planetas habitáveis na nossa via láctea.

Não sou físico em astronomia, mas discordo do Paradoxo de Fermi, pois acredito que a probabilidade de vida extraterrestre igual à nossa é zero, ou seja, estamos sozinhos no universo. Porque no espaço sideral as temperaturas são muito extremas, há muita radiação e gravidade, e nem todos os planetas estão protegidos, por não serem ativos e não estarem em zonas habitáveis.

Por outro lado, a maioria das estrelas é de primeira geração que não produzem materiais pesados com ferro e níquel, e anãs vermelhas com pouco calor que podem durar até 100 bilhões de anos. Outras estrelas são muitos grandes com muita radiação e gravidade. Até o momento cerca de 4 mil exoplanetas foram descobertos, sendo que a maioria é de júpiteres quentes e não estão em zonas habitáveis. O cinturão de Órion de onde estamos próximos é um berçário de estrelas e planetas. Ainda não temos tecnologia para detectarmos planetas menores e com outras características.

Muitas galáxias são contidas de estrelas velhas ou novas, sem condições de manterem planetas ativos ao seu redor. Estrelas como o nosso Sol (Anãs Amarelas) são raras na via láctea, não chegam a 10 por cento. O nosso sistema solar está num local privilegiado, longe das grandes radiações e gravidades do centro da via láctea. O nosso planeta Terra é uma raridade, por estar numa zona habitável e se manter ativo com vulcões e campo magnético após 4,54 bilhões de anos, ter muita água e atmosfera adequada. A nossa Lua por ter um quarto do tamanho da Terra e a mesma simetria do Sol apesar de estar 400 vezes mais perto também é uma raridade, pois contribui para o afloramento da água na superfície da Terra e esplendor da vida animal e vegetal. Os nossos cientistas precisam se conscientizar que a raridade no universo não é sinônimo de por acaso.

Goiânia – GO., 16 de junho de 2019

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 16/06/2019
Reeditado em 16/06/2019
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