A origem do universo

De acordo com os astrônomos existem cerca de 500 bilhões de galáxias numa extensão de 100 bilhões de anos luz ou mais. É uma projeção, já que seria necessário um telescópio do tamanho da Terra para vasculhar com detalhes o centro da via láctea, e nenhum computador é capaz de numerar e nominar todas as galáxias do universo; sem falar na infinidade de estrelas, planetas e satélites.

Como surgiu o universo é uma incógnita; não há uma explicação cientifica nem religiosa. Há muitas lendas e teorias. Mitologias como a Grega, Romana, Egípcia, Chinesa, Mesopotâmica, Nórdica, Hindu, Africana, Asiática, Persa, Fenícia, Germânica, Moderna e lendas indígenas são fictícias, frutos da imaginação do ser humano. As teorias não são fixas, e estão sendo aprimoradas, adaptadas ou substituídas.

A teoria do Big Bang ou Grande Expansão, proposta pelo padre e astrônomo belga Georges Lemaître (1894-1966) em 1927 é a mais aceita pela comunidade científica, e foi elaborada com base na teoria da relatividade Albert Einstein (1879-1955) ao constatar que os desvios espectrais em nebulosas se deviam a expansão do universo, e quando se propôs a ideia do “átomo primordial” em um ponto extremamente denso e quente que se expandiu e continua se expandindo.

Em 1929 o astrônomo norte-americano Edwin Powell Hubble (1889-1953) que já havia descoberto a existência de outras galáxias, e através do “redshift” (deslocamentos até o vermelho ou lei de Hubble) constatou que o afastamento das mesmas é proporcional à distância, ou seja, quanto mais distantes mais se afastam uma das outras, o que deu crédito a teoria do Big Bang.

Na minha modesta opinião, o átomo primordial denominado de hidrogênio não se condensou nem se expandiu, pois ainda existe em todo o universo e é a base de toda a matéria, e também não houve tempo para a sua expansão conforme a idade do Big Bang estimada em 13,9 bilhões de anos em um diâmetro de 96 bilhões de anos luz, tendo em vista que a matéria não pode viajar acima da velocidade da luz. As partículas que formaram o átomo de hidrogênio ainda não foram detectadas nos aceleradores de partículas ou raios cósmicos.

A verdade é que com a evolução da ciência e construção de radiotelescópios mais potentes novas evidências vão surgir, como a descoberta de um buraco negro 900 milhões mais jovem que o Big Bang e elementos pesados de uma galáxia 700 milhões de anos mais nova que o Big Bang, sendo que ambos demorariam bilhões de anos para serem formados, o que põe em xeque a teoria do Big Bang. A descoberta da matéria escura e energia escura também intrigam cientistas pela sua composição e importância. Os cientistas calculam que o universo é constituído de 4,2% matéria normal, 24% matéria escura e 71,6% energia escura. Enfim, há muitos mistérios para serem estudados e revelados.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 10/08/2016
Reeditado em 26/08/2016
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