Fascínio pelo universo

Desde a antiguidade o homem tem fascínio pelo universo. Os nomes de algumas estrelas e planetas foram dados por civilizações antigas, como egípcias, maias e incas. Em uma noite clara, a olho nu, além da lua, podemos ver cometas, meteoros, alguns planetas e cerca de 6 mil estrelas da nossa Via Láctea.

O primeiro telescópio foi inventado por Galileu Galilei (1564 – 1642), instrumento que permite ver distâncias astronômicas e que por isso revolucionou a astronomia. Com os mais modernos telescópios, podemos ver outras galáxias, como Andrômeda e Grande Nuvens de Magalhães. Novas galáxias e astros como Quasares, Pulsares e Buracos Negros foram descobertos.

Os astrônomos estimam a idade do universo entre 13 e 14 bilhões de anos, e que existam cerca de 125 bilhões de galáxias num diâmetro de 80 bilhões de anos-luz (1 ano-luz = 9,5 trilhões de quilômetros), e que a nossa Via Láctea contém cerca de 200 bilhões de estrelas. Os Pulsares (estrelas com menos de 20 quilômetros e muita luminosidade) são os astros mais distantes do universo, pois estão num raio de 20 bilhões de anos-luz.

A nossa Via Láctea tem um diâmetro de 100 mil anos-luz. Para enxergarmos no centro da Via Láctea onde cientistas calculam a existência de um buraco negro, seria necessário um telescópio do tamanho da terra com a tecnologia atual. A solução seria a invenção de novos telescópios mais potentes e menores.

Já foram descobertos na nossa Via Láctea cerca de 500 exoplanetas, ou planetas extra-solares. Devido a dificuldade de detecção, a maioria são planetas gigantes e gasosos como Júpiter. Os cientistas têm estudado a possibilidade de alguns destes planetas estarem em uma zona habitável para vida, ou seja, com água liquida e oxigênio; pois no sistema solar só a terra está em uma zona habitável.

No centro da Via Láctea foram descobertos planetas que vagam livres e que não orbitam nenhuma estrela. Os astrônomos acreditam que planetas assim sejam comuns no universo. Na verdade, tais planetas devem ser como estrelas que não orbitam nenhum astro, mas percorrem um caminho na galáxia. É sabido que algumas estrelas anãs depois de se esfriarem, ficam parecidas com planetas de tão frios, e não orbitam nenhum astro e seguem um caminho na galáxia.

Um dos planetas (o terceiro) a orbitar a estrela-anã vermelha Gliese 581, detectado em 2007 a 20 anos-luz, tem despertado a atenção dos astrônomos. Através de medições descobriu-se que Gliese 581C é rochoso, sete vezes mais maciço que a terra, parece ter atmosfera e está em uma zona habitável, com clima ameno e possibilidade de água liquida. Pelas pesquisas, Gliese 581C recebe três vezes menos luz que a Terra do Sol (seria como o planeta Marte), embora esteja bem mais perto, devido orbitar uma estrela em decadência.

Mas conforme cientistas, não basta o planeta estar em uma zona habitável para haver vida; depende também da formação do planeta, ou seja, se há minérios como ferro e água, se existe um magma (gerador de campo magnético) e atmosfera, se há feito estufa para existência de chuvas e se existe plantas para a fotossíntese, para que haja oxigênio, essencial para a vida animal. Uma coisa é certa, planetas com a característica da terra é uma raridade, um milagre da natureza assim como a vida; e por isto, talvez sejamos os únicos habitantes deste imenso universo.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 30/05/2011
Reeditado em 30/03/2013
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