A corrida espacial

A União Soviética ao liderar uma corrida espacial com os Estados Unidos da América, em 12 de abril de 1961, teve a primazia de enviar ao espaço sideral o primeiro ser humano, Yuri Gagarin, piloto de 26 anos, que circundou a Terra a bordo da nave Vostok por mais de uma hora, a uma altura de 320 quilômetros. Ao retornar ao nosso planeta disse a celebre frase: “A terra é azul”.

Os Estados Unidos em 20 de julho de 1969 tomaram a frente nessa corrida ao descerem uma nave tripulada na Lua, satélite natural da Terra distante cerca de 380 mil km. A nave contava com três módulos: o de comando, o de serviço e o lunar. Dois dos três astronautas da Apolo 11, Neil Armstrong e Edwin Aldrin pisaram em solo lunar, enquanto que Michael Collins ficou no módulo de comando. Neil Armstrong ao tocar o solo com o pé esquerdo pronunciou a famosa frase: “Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade”.

As missões tripuladas norte-americanas continuaram até dezembro de 1972, com a nave Apolo 17. O cientista, geólogo Harrison Schmitti se tornou o último homem a pisar no satélite da terra. Ao todo 12 astronautas pisaram na Lua. A nave Apolo 13 lançada em 13 de abril de 1970 se tornou a missão mais dramática da NASA; pois dois dias após o seu lançamento uma explosão num tanque de oxigênio do módulo de serviço deixou sem ar os módulos de serviço e de comando e sem eletricidade os 03 módulos, obrigando os astronautas a se refugiarem no módulo lunar e retornarem de imediato a Terra com risco de morte em condições de pouco oxigênio, frio, falta de água e desgaste psicológico.

Os soviéticos não viram êxitos nas missões tripuladas dos Estados Unidos e nem investiram. Os Estados Unidos desistiram das missões tripuladas pelo alto custo, pela integridade de seus astronautas, e por constatarem as amostras de solo lunar pobres em minerais. Com a decadência da União Soviética, a Rússia ficou limitada em seu programa espacial, mas preservou a tecnologia dos foguetes espaciais; enquanto que os Estados Unidos passou a investir em sondas espaciais rumo ao Sol, aos demais planetas e seus satélites naturais e outros destinos, e em ônibus espaciais. Os 05 ônibus espaciais construídos não tiveram êxito, 02 explodiram pela complicada manutenção causando a morte de seus 14 tripulantes, estão defasados e estão sendo desativados.

Outros países como China e Índia estão entrando na corrida espacial, com desenvolvimentos de satélites, foguetes e sondas. Algumas empresas da iniciativa privada já estão investindo na construção de foguetes e sonham com a construção de estações orbitais em torno da Terra e da Lua para servirem de turismo espacial. A Estação Espacial Internacional ou International Space Station (ISS) um consorcio de 16 países, incluindo o Brasil, é um laboratório para pesquisas médicas e tecnológicas e treinamentos de astronautas.

Os norte-americanos que haviam desativado a utilização de foguetes tripulados por acharem inviáveis e acreditarem nos ônibus espaciais, voltam à estaca zero com a construção de novos foguetes embora mais modernos, e pretendem voltar as missões tripuladas rumo à Lua e ao planeta Marte, mas não antes de 2020, pois o presidente Barac Obama desativou o projeto do ex-presidente George W. Bush de voltar a enviar naves tripuladas à lua, por achar o projeto caro, atrasado e pouco inovador. Há projetos de outros países para as construções de estações habitadas na Lua e no planeta Marte.

Mas devido a uma grande distância até a estrela mais próxima, Próxima Centauro, situada a 4,3 anos-luz da Terra, uma sonda espacial com a velocidade média de 50 mil km por hora levaria cerca de 60 mil anos para chegar até lá. Até mesmo a comunicação via ondas de rádio à velocidade da luz com algum extraterrestre que por ventura existir no sistema solar dessa estrela levaria 4,3 anos. É necessário o desenvolvimento de novas tecnologias de transportes, como um veículo com uma velocidade mais rápida que a velocidade da luz, que também é impossível por ser contrária a Teoria da Relatividade de Albert Eistein. A solução mais viável para vencer a imensidão do universo estimada pelos cientistas em 80 bilhões de anos-luz seria o teletransporte, a desintegração e o reaparecimento da matéria. Diante dessa impossibilidade, os humanos de carne e osso teriam de se contentar com a exploração do sistema solar e o desenvolvimento de grandes telescópios, que é a maneira mais viável de observar o Universo.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 02/09/2010
Reeditado em 30/03/2013
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