Papo literário
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Guimarães Rosa
A terceira Margem do Rio
Conto
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Estes dias voltei a lê-lo, confesso que foi por curiosidade sobre o conto em questão, por um comentário no Recanto das letras
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Antes de te enfada-lo com o meu bla-bla-bla
Vou passar algo útil para você leitor
Por que um escrito meu ou seu não configura na tão famosa literatura?
Digo a consagrada?
Bem a gente até tenta, todavia a literatura é um céu literatura difícil de transpor
Seja, pela originalidade
Seja, pela qualidade
Seja pelo principal fator:
– A transcendência
Algo bom transcede o seu tempo e é retomado de valor em qualquer momento ao ser lido.
Quando se consegue algo assim o autor torna-se consagrado, logo
Se qualifica na literatura
Na poética caso dos leitores
Lembramos de
Drummond, pela prosa poética
De Cecília, pela métrica quase parnasiana
De Paulo Leminski, pela retomada naturalista e realista? (Não sei precisar)
E na escrita regionalista
Lembro de Graciano, Rego e Rosa
Mas ao ler ele a gente entende melhor tais aspectos
Escrever de caipira é sair escrevendo sem pensar?
Não é bem assim no caso do Guimarães, vê-se erudição no texto, concisão na escrita e uma prosa poética (rimas e constância) na narrativa, e todo aquele léxico popular bem idealizado.
Sobre o conto, um filho vê o pai construir uma canoa, após o pai vai ao rio nesta canoa, e nunca mais volta.
Ficando a deriva, e este filho vendo o pai 'delirar' navegando na sua canoa
No final do conto deixa uma ideia construtiva, o filho já velho tenta de modo convincente fazer o pai abandonar sua 'prisao' oferecendo se ficar no seu lugar.
Para finalizar a minha humilde análise
Eu ao ler em 2019 posso colocar sentidos diversos ao texto
Pois ele transcede o tempo que foi escrito
Não é um amontoado narrativo
É arte
Daí configuro o que Rosa escreve de literatura
Na história, a genialidade do autor consegue conversar com o leitor na intimidade
Na nossa escrita precisamos focar nisto
É difícil?
É
Mas tamu vivo logo criamos
Fui!
Deu 2048 caracteres obrigado por ler