Lamento Drummoniano (Carlos)

Na beira da via,

Uma garrafa pet cheia de mijo,

Havia;

Uma garrafa pet cheia de mijo,

Na beira da via,

Acompanhada,

Há.

Desumanizada,

Largada,

Durante a dia,

Durante a madrugada.

Sem afeto,

Chutada,

Não socorrida,

Malamada.

E nem é preciso espiar muito,

Pois ela,

Aqui,

Ali,

Acolá,

Ben'tampada

Amarelada,

Desfazendo-se pelo amoníaco,

Está.

O poeta com seus olhos malditos,

vê;

E sua pena sofrida,

descreve o visto,

Para o leitor ingrato,

Nunca ler.

A verdadeira poesia não mente:

Fede,

É extremamente fedida;

E as consequências do mau perfume exalado,

Não mede!!

O quê esperar de um povo que em essência, escreve esse tipo de poesia comportamental?

A saber, para as mentes não obstantes, a razão está acima da emoção.

Fala-se em demasia sobre o amor...; quem respeita a Natureza,

A fauna,

A flora,

Ama,

Sem alarde.

Dizem por aí, que os sábios habitarão o céu, e os estúpidos, a Terra.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 29/02/2024
Reeditado em 01/03/2024
Código do texto: T8009546
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