Do Subterrâneo à...
Dormia ou fingia,
Outrora parecia mai fácil...
Sob meus pés o chão se abriu.
Uma queda e um vôo se seguiram,
Buscando a fuga da realidade.
Tirando o que fosse sinônimo de dor do caminho,
Eu fugi da prisão que eu mesma criei.
Ruiu-se o mundo à minha volta,
Rompeu-se o ciclo do Eu-Adormecido.
Acordei para mim, mesmo projetando-me
No Outro ilusório.
E quando a ilusão dele se desfez,
Os véus que se rasgaram mostraram meu rosto
Ao caírem sobre o chão.
Os meus olhos lavados
Buscaram e: a realidade não era mais a mesma,
E para minha surpresa e alívio,
Tudo o que restou de toda a ilusão que se desfez
Iluminou a minha face sem máscaras,
Vibrou meu coração solitário,
Incendiando minha alma de vida:
De minha própria vida!
Adeus, ilusões antigas!
De hoje em diante
Eu Sou e Crio o que eu quiser.