Tonéis de vinho Porto


Medi teus versos soltos e a quiz conhecer,sua fruta e a têmpora doada;
Arrumei sonetos,e achei verso que vi,onde também punhos te comprimiam;
Regi,um soneto mais duro,e fui,como quem o estira e celebra,coisa oculta!!
Inda que ferida,mas eras tu,nos sentidos que doavas,e seu gasto de amor,
Ainda mais gastos, todos,percebi da minha porta de zinco,todo fêmea,de ti,vi!
Linhavos de amor repartias de teus versos e os comi , devagar,te vi,tão secreta!
Então,de oculta a aflita,eras da fome temporâ,o outono certo,e sei o que senti;
Farta das humanas condições de mulher ,sempre partias,mas repouso te afloras!
E do tanto que guardaste,de vinhas todas minhas,fiz-te um lagar,uvas de piso,
Ventre reteso,e teves medo,vinho tinto,dei-te poder de uvas pisar,pra vinho !
Remando exaurida,tens cais,vinhedos todos teus,desconheço quando,a vida tua!
Então me aparto,se alimente do instante,mas tua renda,tua,deixo,um lagar!!



 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 23/05/2019
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