POESIA NO METRÔ

Como um breve pulsar eles trocaram olhares, como se fossem velhos conhecidos. Ficaram por minutos falando um ao outro pela linguagem dos olhos.

Quando ela se aproximou, ele sabia que tinha chegado a sua estação. O trem parou, não restou mais nada a dizer, e lá estavam os seus destinos apresados mais uma vez.

A porta se abriu, ela sorriu como um fragmento do tempo da partida. Ela olhou bem dentro de seus olhos, e disse com uma profundeza sem palavras: Eu ti conheço, mais não sei de onde, já estivemos juntos. Como um breve sonho poético.

Quando ele percebeu, ela já não estava mais ali presente. Outras pessoas estavam ao seu lado. E ele ficou mergulhado em pensamentos. Pois quem seria essa pessoa, que ele não saberia descobrir quem era? Que se apresentava como um rosto em plena multidão. Em um minuto, eles conversaram com os olhos.

( Poeta das Almas )

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 10/12/2011
Reeditado em 02/10/2014
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