À KILLYANA,
cuja beleza me pintou Alice/Ecila
18-04-73
 
Ká se estes meus olhos vissem
Infinitas vezes, por certo, sonhariam
Lindos que são teus olhos azeitonados
Lindos que são teus cílios negros...
Y que restou nesta equação tão boba
A que se me propus solver e não o fiz; fazer
Nascer em mim pra te cantar, meus versos!...
Antes devesse chorar por não poder te ver
 
E facilmente se me hão de compreender: pode o                           pintor retratar
 
A face que ele desconhece?... Pode o musicista
Levar aos ouvidos alheios a sinfonia que não compôs
e/ou cuja partitura desconhece?...
Infinitos que fossem meus versos esgotar-se-iam
Caducos e feios, perdidos e desentoados
Em tentativa vã de te cantar! És linda demais para os                           meus versos!
 
 
 
 
 
 
 
Em quadro que te pinta os olhos maternais
Cada gesto teu tem tanta graça que se torna
Inútil o desejo de em versos te poder cantar.
Lá se um dia qualquer, possa eu ver-te
Ai sim será mais fácil: pois nascem dos meus olhos