Um Manco "Galope a Ribamar"
Raríssimo amigo, oh, cá entre nós
Influe-me, toma-me o teu jeito prosa
Brando, implacável, que alma feroz!...
Altos azuis com vicejos de rosa...
Meu caro amigo um infinito é do amar
Algo de azul tens na face briosa
Riba termina no imenso do mar.
Chamo de manco pois é um "galope à beira-mar" que começa certo no andamento e que a partir do terceiro verso cai para decassílabo, compondo uma "gaita galega" ou "moinheira", de andamento semelhante.
Bom, em suma, é uma pequena homenagem a um grande sujeito que aprendi a amar ao sabor da alma. Sem tirar nem por, é simplesmente o cara que mais impactou minha simplória vida pelo seu carisma, pelo seu espírito inquieto, poético e todas as demais qualidades ou defeitos a que meu pensamento dialético não faz jus por serem assaz profundos... o mais é flores. A este, grito a plenos pulmões: Amo-te, amigo.