IMPOSSIBILIDADES / Cecília
118 - IMPOSSIBILIDADES
DE: CECÍLIA FRANCISCA
EM: 29.MAR.2000 ÀS 02:38: 37H
P/: MARCELO GUIDO
EM: EXTREMA/MG
HISTÓRICO: Confusa e presa às emoções que jamais dominarei, redijo este poema, outra vez na data do aniversário de um amigo que há muito não vejo, para me recordar dos bons tempos e para refletir sobre as boas chances que possui para ser feliz e que, por vaidades, as desprezei.
Se eu não puder ser a chuva que o molha
Permita-me ser o simples orvalho...
Se eu não puder ser o braço que o enlaça
Permita-me ser a mão que, de leve, o toca...
Se eu não puder ser sua leal alegria
Permita-me ser um relâmpago sorriso...
Se eu não puder ser a vastidão dos céus
Permita-me ser o brilho de uma estrela qualquer...
Se eu não puder ser o oceano
Permita-me ser um pingo sensível de esperança...
Se eu não puder ser o amor
Permita-me ser sua derradeira saudade
Se eu não puder fazê-lo voar
Permita-me conduzi-lo em meus pensamentos...
Se eu não puder ser seu buquê de rosas
Permita-me ser um lírio em fase de botão...
Se eu não puder ofertar a extensão deste planeta
Permita-me ser a cessão do complexo do meu pequeno mundo...
Mas permita-me ser algo, um breve interlúdio seu
Para que, quando eu partir, saiba que ao menos uma vez
Signifiquei almejos para sua alma
E que, por momentos, o legado dos sonhos jamais teve seu final...