COMO FUI ALFABETIZADO/A
Oficina pedagógica realizada com Alfabetizadores e Alfabetizadoras do Programa SESI - POR UM BRASIL ALFABETIZADO,no município de Major Isidoro, sertão das Alagoas-Brasil
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A ATIVIDADE
Li, para o grupo, um texto de minha autoria intitulado “UMA LEMBRANÇA MUITO ESPECIAL”, relato da memória de como fui alfabetizada e cada um(a) construiu seu texto sem maiores preocupações com tipologia ou qualquer rebuscamento lingüístico. Apenas a intenção da reflexão e da criação, de se fazer conhecer pelo grupo e socializar as produções que ficaram disponíveis num varal até o final do encontro. Os textos foram digitados, mas optei por mantê-los conforme o original, fazendo apenas a correção ortográfica, pois é difícil ter tempo para, ainda na oficina, oportunizar reescrita. E não era uma oficina de produção de texto, mas de reflexão da ação alfabetizadora.
Agradeço a este grupo tão especial, que me acolheu tão bem , o carinho e a generosidade de partilhar comigo esta experiência. Espero que continuem lendo e produzindo mais textos. Agradeço a Yvanio Cunha , que digitou os textos.
Um abraço!
EDNA
MEU TEXTO
UMA LEMBRANÇA MUITO ESPECIAL*
Era uma menina tagarela, inquiridora. Bochechas rosadas, riso largo, olhar curioso.
- Vó, estrela tem nome?
- Algumas têm. Aquela ali é a Papa-Ceia.
- E aquela lá?
-Não sei. E não aponte. Vai criar verruga.
Calava por alguns minutos, pensativa. Voltava ao bombardeio das inquirições, enlouquecendo a todos. Vez ou outra alguém dizia:
- Nossa! Deram água de chocalho a essa menina!
Morava na roça, sem vizinhança,num lugarejo igual a tantos no Nordeste. Além das irmãs, os bichos e as fruteiras eram suas companheiras de longas conversas.
Interessou-se a ouvir histórias e, conseqüentemente, por livros. Aos quatro anos não era permitido ir à escola com as irmãs mais velhas, rimas e primos embora insistisse diariamente:
- Deixa eu ir!
Não deixavam. No retorno das irmãs, mais tarde:
- Como é a escola? O que tem lá? O que vocês aprenderam? Me ensina...
- Chega! Deixa a gente sossegar!
Um dia descobriu ser possível decifrar aqueles desenhinhos engraçados. Descobriu que eles se transformavam em palavras.
- Vó, o que está escrito ali?
-Almanaque do Coração de Jesus.
- E aqui?
-Sagrada Família...
Seguia com intermináveis “e ali?” “o que é?” “como é?”, mudando de assunto quando percebia o enfado do interlocutor.
- Mãe, escreve meu nome aqui - apontava para um caderno - Escreve galinha também. E cachorro. E cavalo...
A mãe ficava um tempo escrevendo o nome das coisas que ela queria saber.
- Agora chega. Vá brincar. Quando tiver idade vai à escola com suas irmãs e vai aprender a ler. Tenha paciência.
- E por que não posso ir agora?
- Já disse. Você é muito criança.
A menina não se dava por vencida e ia brincar com os poucos livros que havia na casa. A avó, impressionada com seu empenho em aprender a ler, deu-lhe um velho almanaque. Antes, leu para a neta a estória “A menina e o leite”.
Passava horas rabiscando sem parar, falando consigo mesma. Dizia que estava lendo e escrevendo cartas. Dias depois que recebeu o presente da avó, gritou entusiasmada:
- Leiiiite! Leiiiiite!. Essa palavra é leite e eu já sei ler!
A partir de então ninguém teve mais sossego em casa. Lia tudo.
Gaguejava, soletrava, engolia parte das letras e todos os acentos, mas lia em voz alta para as visitas, para os pais, para as irmãs e primos e, principalmente, para a avó, que tinha uma paciência infinita com ela. Em pouco tempo leu tudo que havia na casa.E mais: os livros trazidos por suas irmãs e qualquer impresso que aparecesse. A partir de então, ler se transformou em seu passatempo favorito.
Um universo jamais visto ou sonhado de beleza saltaram das páginas para sua vida. Ao freqüentar a escola, descobriu a biblioteca,pobre de acervo, mas rica o suficiente para transformar o mundinho de menina do interior tomou dimensões inimaginadas.
O tempo passou, a menina virou mulher,conservando o olhar curioso, o riso largo e a mania de ler tudo que lhe caía nas mãos. Cumprindo uma profecia de sua avó, tornou-se professora.
* Memória de minhas primeiras leituras.
Publicado no livro "O Conto das Alagoas", lançado na III Bienal Alagoana do Livro", no dia 23 de outubro de 2007.
EDNA LOPES
Publicado no Recanto das Letras em 09/08/2007
Código do texto: T600437
01. Como me alfabetizei
Eunice
“ Aprendi decorando, sempre preparada,
Fui à escola com 10 anos de idade,
Mas já estava alfabetizada,
Consegui, sem morar na cidade.
Fico até sem ter o que falar,
Na época a educação era bancária,
Aluno não podia perguntar,
A professora nem olhava para criança... calada.
Atividades todas prontas e arrumadas,
Educador não me dava atenção,
Meu sonho fracassado,
Fazendo sumir minha razão.
Precisava de cada sorriso,
Pois nele vi a porta da felicidade,
Na vida necessitava de Amigos,
Para conquistar muitos sonhos da... realidade.
Hoje sou professora,
Adoro ler, escrever e lecionar,
Trabalho de alfabetizadora,
Faço pedagogia e gosto de digitar.”
02. A viagem entre as letras
Amparo
Meu dia-a-dia na escola era vontade de aprender a ler e a escrever, todo dia pegava o livro e imaginava... quantas letras? O que será que diz, então olhava cada detalhe daquela figura e começava a contar.
Tinha colegas que já sabiam cada letra, ficava olhando e pensando quando vai ser a minha vez.
Nunca perdi uma aula, a vontade era tão grande. A professora chegava e dizia: “Pegue os livros, vamos começar com um ditado!” já ficava tremendo de medo. Eu não sabia as letras, em seguida, quando terminava íamos ao quadro.
Tenho muita saudade da primeira professora que me ensinou a ler e a escrever que era Tia Terezinha.
Da escola Rotary que não existe mais, lembro de cada professor, merendeira, colegas e porteiro e etc. E também da professora que não se encontra mais perante a sociedade; ela faleceu.
Agradeço a ela por tudo que aprendi.
Quando ia ler todas as placas e letreiros já ficava soletrando cada letra: mercado, oficina, ruas, etc., parava, ficava atenta a todos que passavam, olhavam, mas eu nem ligava. Só queria saber da minha viagem no mundo das letras.
3.Minha História
Maria Aparecida A. da Silva
Começa aqui uma história de uma menina pobre da roça e com um grande sonho: vencer na vida.
Iniciou seus estudos aos sete anos junto com seu irmão. Por ser uma criança atenta, conseguiu, no ano seguinte, avançar, quer dizer, ir para outra turma, mas sua mãe não deixou e tirou-a da escola porque a mesma não aceitava que a criança ficasse na turma. Sua mãe achava que ela deveria ficar com seu irmão. Então tirou os dois e colocou para trabalhar na roça.
Aos onze anos voltou à escola, só que teria que fazer a 1ª série por conta da sua idade que já não dava para fazer uma alfabetização. Nesse intervalo de tempo aprendeu a ler, pois ficava pegando tudo que tinha escrita e lia. Só tinha um problema: não sabia escrever. Poucas palavras que fazia eram desajeitadas.
Essa menina pouco falava, mas estava sempre atenta e prestava atenção em tudo que ensinavam. Pegava livros e ficava juntando letras, pois conhecia todas através das mesmas; todo tempo estava descobrindo novas palavras.
Sempre atenta a tudo que os professores ensinavam e sempre obediente, não por medo, mas sim, por respeito aos mesmos.
Ao ir para o trabalho na roça, sempre levava o seu caderno. Na hora do descanso, lá estava ela estudando. Pois seu sonho era ser professora.
Foi um sonho difícil para uma criança pobre, mas ela conseguiu realizar o mesmo com sacrifício esforço e perseverança em tudo que queria para sua vida se tornar menos dolorida e mais prazerosa.
Através de muita dedicação de sua parte conseguiu ser alfabetizada e daí então terminar seus estudos
Hoje é feliz e se sente realizada por ter conseguido o que queria.
4. Como fui alfabetizada
Rosileide
A família do Bê-a-Bá
É hora de aprender
Não quero livro grande
Quero apenas um ABC.
Daí tudo começou
O que eu não sabia
E muito menos entendia
E mesmo assim
Queria aprender.
A minha grande descoberta
Foram cinco irmãzinhas
Se todos querem aprender
E só bem devagarzinho
A, E, I, O, U dizer.
Depois veio o alfabeto,
E com muita atenção
Descobrir que as letrinhas,
Eram muito importantes.
E ao juntar umas com as outras.
Formavam palavras.
Até mesmo palavrão.
5. Como eu fui Alfabetizada
Ma. Célia
Eu comecei a estudar na escola do município que eu morava. Eu tinha apenas 7 anos de idade, a minha professora falou pra minha mãe que foi muito difícil eu aprender a ler e escrever. Mas, com um pouco de paciência, eu fui aprendendo cada palavra e cada letra que ela fazia, e por isso eu agradeço à professora que me ensinou e hoje eu posso dizer que me tornei uma excelente aluna.
6. MINHA VIDA ESCOLAR
Tanak
Eu comecei a estudar com 5 anos. Nessa época, ir para a escola era muito bom e eu não perdia um dia. Mas quando eu fui crescendo, acabei ficando preguiçoso e o método de ensino também não ajudava, pois não tinha nenhum incentivo. Fui deixando o estudo de lado, não parei de estudar, mas ia para a escola somente por ir.
O tempo passou e quando precisei trabalhar, foi ai que me dei conta do quanto tinha perdido por não ter me interessado nos estudos. Depois disso encarei os estudos com mais responsabilidade e foi aí que percebi o quanto estudar é bom. Hoje estou cursando o 3º, louco por terminar essa etapa e ansioso para começar outra, com novos desafios e metas para conquistar.
7. Minha alfabetização
Renato Ferreira
Faz anos que me alfabetizei
E lembro que foi um tempo de dedicação
Momentos que não esqueço
Pois está sempre em meu coração.
Lembro bem como foi
A professora fazia letras para cobrir
Mas como não sabia
Mandava meus colegas cobrir.
Minha mãe para me incentivar
Me disse que quando eu aprendesse o nome
Iria me presentear
Então comecei a me dedicar
E meus deveres copiar.
8.Como fui alfabetizada
Vanessa
Menina morena de cabelos espalhafatosos, mas que sempre gostou de estudar. Desde pequena, apesar de que meu pai não queria que eu fosse para a escola. Muitas vezes chorava pedindo para ir a escola, mas por ser mulher ele sempre com aquele cuidado. Até que eu um dia ele resolveu me permitir ir.
A professora passava exercícios para que aprendêssemos, desenhos para pintar, mas o que mais me marcou foi quando aprendi meu nome. Nossa, fiquei tão feliz que dentro de mim não cabia tanta felicidade!
9.Como fui alfabetizado
Melque
Eu, Melquesedeque da Silva, fui alfabetizado primeiramente por meu pai e minha mãe que me educaram; segundo, por professores que na época nos castigava com vários tipos de castigo que um deles era nos castigar com caroços de milho ou com a famosa palmatória, mas eu acredito que não importa a maneira que sejamos educados, mas o importante é sermos educados.
Sabemos que hoje a facilidade para sermos educado é muito melhor, por exemplo, como na parte da bolsa escola, org. não governamentais para defender os jovens e adolescentes que são vitima do trabalho forçado pelos pais.
Minha história
José Aparecido Firmino Costa
Vou contar para vocês,
Prestem muita atenção.
Como foi o início,
De minha alfabetização.
Para primeira sala de aula,
Fui com muito temor.
Gritando e chorando,
Hum! que grande dor!
Aos poucos ia acalmando
Em ver outros coleguinhas
Pois eram todos primos
Isso era muita alegria.
Uma pessoa ótima
A ensinar o desconhecido
Pouco a pouco todos estavam
Na aula bem envolvidos.
Começou a professora
Ensinando os vogais
De um jeitinho simples
Que não esqueço nunca mais.
A letra a é uma boquinha
A letra e um peixinho
A letra i também porém tem um pinguinho
Só faltou o “o”
Parecia fácil
Mas para mim
Foi um grande embaraço
Talvez por que
Parecesse o mundo
Que, para aprendermos alguma lição,
É bem profundo.
Estou alfabetizando,
E também amando
Com certeza e pelo fato
Que aqui eu relato
De estar aprendendo
E também ensinando.
11. Como fui alfabetizado
José Helio
Quando a gente é criança nossa obrigação é ir para a escola, mas comigo não foi assim. Eu comecei a estudar com 12 anos de idade. Senti-me muito triste porque os meus colegas tinham só 7 anos de idade. Mas mesmo com toda tristeza eu venci na vida, terminei e estou formado.
12. Alfabetização
Airton Diniz
Meu primeiro dia de aula foi o dia mais estranho da minha vida, me senti uma pessoa no meio de uma sala enorme e muita gente calada e uma professora autoritária. E o medo pairando sobre toda a sala.
Nem sei como eu passei pra segunda serie, fiquei anos na mesma série repetindo, por falta de interesse e por falta de alguém pra cobrar de mim o resultado das aulas.
Apesar das doenças, acabou dando certo, aprendi a ler e a escrever, peguei gosto pelo estudo.
Depois disso, nunca mais repeti de ano, me tornando um dos melhores alunos em “sala de aula e da escola” e estou regressando às aulas novamente, consciente da minha responsabilidade com o estudo e com minhas filhas...
Bons Tempos
13. Como fui alfabetizado
Lucy Oliveira Costa
Aprendi a ler e escrever aos 5 anos na escola Municipal Ederlindo Tenorio no pré, ao terminar e completar 7 anos, passei para 1ª série na escola Estadual Lenita Pontes Cintra.
14. Como fui alfabetizada
Ana Paula
Menina branquinha, de cabelos cacheados
Saiu da terra natal para morar no sertão do estado.
Foi lá que começou a estudar, em um pequeno povoado chamado Cágados.
Era muito esperta e quando a professora algo perguntava respondia na hora certa.
Em pouco tempo o alfabeto já sabia e mesmo sem saber ler lia histórias todos os dias apenas olhando os desenhos que nela tinha e quando chegava em casa nem almoçar queria corria para suas tarefas para entregar a professora no outro dia.
Ia pra escola com uma prima e três amigos, estes em outras vezes ficavam aborrecidos, pois agora já sabia ler e com isso um pedaço de papel não podia ver que corria para pegá-lo pra ler o que estava escrito ou desenhado.
O tempo passou e não é mais uma menina,
O amor pela leitura faz parte de sua rotina
E não perde a oportunidade de dizer que a sua maior vontade é um dia
É fazer faculdade de biologia.
15. Como eu fui alfabetizado
Jefferson Luiz
Eu fui alfabetizado com 8 anos de idade, pois foi muito bom, e difícil por que eu nunca tinha participado de uma escola. Também foi mais fácil porque com o tempo eu fui me esforçando bastante e consegui ser alfabetizado.
Minha professora era ótima. Ela se chamava Selma. Eu a adorava porque ela sempre se dedicou ao que faz.
16. Como fui alfabetizado
José Douglas de Farias
Aos oito anos de idade minha mãe me colocou em uma escola daqui do nosso município para que eu pudesse estudar; escola essa situada no povoado São Marcos. Foi lá que comecei toda a minha vida na escola, no começo eu não sabia de nada, mas foi graças as minhas professoras que eram ótimas, que eu aprendi a ler e escrever.
Logo em seguida fui estudar em outra escola do mesmo povoado, a escola Lenita Cintra, onde estudei todo meu ensino fundamental.
No ano seguinte comecei estudar na escola Constança (essa escola) onde cursei e estou terminando o ensino médio, me formando e me tornando uma pessoa crítica.
Hoje posso dizer que foi graças as minhas professoras, do pré, até o ensino médio que pude me capacitar e chegar onde estou hoje.
17. Jornada escolar
Rozangela
Sempre freqüentei a escola; meus pais não me davam o gosto de ficar em casa vendo tevê.
Mas tinha uma dificuldade de ler e ao mesmo tempo de escrever, pois se não sabia ler também não sabia escrever.
Só que com a aprendizagem do dia a dia as coisas iam melhorando mais.
Os meus interesses aos estudos aumentaram.
Eu fui me habituando, ao chegar em casa fazer as atividades e pegar um livro pra ler um pouco. E fiz uma conclusão comigo mesmo, o importante era e é a leitura; porque sem ela somos ninguém, (apenas pessoas dependentes de outros).
Ela me aperfeiçoou a ler e escrever, ver um mundo de sucesso.
18. Como fui alfabetizado
Ma. De Fátima V. Nolasco
Comecei a estudar com sete anos no sitio, não sabia de nada.
Antes de ir ao colégio eu era muito curiosa pra saber como era uma sala de aula. Ao começar, primeiro estudei ABC, após, cartilha. Vim estudar a primeira série já estava com 10 anos de idade. Daí estudei três anos e fui estudar na cidade, feliz da vida mesmo sabendo que não havia transporte, mas com toda dificuldade e força de vontade, mesmo passando meses e meses em casas de família.
19. Como eu fui alfabetizada
Edjane
Eu comecei a freqüentar a escola com 5 anos de idade e foi com o método mais antigo, pois foi muito difícil eu desenvolver o meu aprendizado. Pois eu mesma era muito desinteresseira , mas com o tempo eu consegui.
20. “Minha História” Como eu fui alfabetizada
Elcia Souto
Bom, comecei a minha aprendizagem aos 6 anos de idade, estudando particular na casa de uma professora, lá aprendi as vogais, o alfabeto e os números.
Aos 7 anos comecei a estudar na rede pública, aprender silaba, ler, contar, etc.
O Ensino era com professores formados, estudávamos com livros da própria escola. Fui alfabetizada com método antigo de ensino, onde o professor fala, o aluno escuta. Não tínhamos o direito de perguntar novamente o mesmo assunto, sorte daquele que aprendeu sem precisar decorar, não foi muito fácil, mas aprendi.
21. Jornada escolar
José Edvaldo de Farias
Eu comecei a estuda aos 5 anos de idade, ajudava meu pai nos serviço no combes, mas sobrava tempo para ir a escola.
Desde pequeno gostei de estudar, já repeti de ano 3 vezes, mas nunca desisti de ir as aulas. Sempre fui curioso e acho que a curiosidade foi meu ponto forte para os estudos. Meus pais me incentivaram muito, principalmente meu pai, pois minha mãe é analfabeta.
Aos 17 anos perdi meu pai, daí então comecei a dividir minhas rotinas com o dever escolar, não foi fácil pois eu era o filho mais velho da casa. No começo desanimei um pouco, mas segui em frente; no meio desse desagradável destino da vida apareceram amigos na qual destaco alguém (Cícero Costa) que me ajudou a me recuperar e enfrentar a vida, erguer a cabeça e seguir em frente. Não fui um dos alunos mais inteligente, mas também não fui um dos piores.
Por incentivo da minha mãe e de amigos, particularmente um, hoje estou preste a terminar e me formar, com muito esforço e força de vontade com a intenção de um dia botar para funcionar tudo que aprendi.
Aprendi nesse tempo estudantil a compartilhar e conhecer formas novas e fazer amizades com pessoas de várias classes, nunca tive preconceito de raça, pobre ou rico o que importa que eu me sentia bem com quem estava perto de mim e do meu Major Izidoro.