999 BONSAIS
Cinco anos e meio, 66 meses depois da primeira postagem em 25 de outubro de 2 013, chego ao texto 999 publicado neste Recanto das Letras.
Pra quem gosta de números, e eu sou um dos que gostam, a média mensal é de quinze publicações. Baixa, se comparada a da maioria dos colegas deste Recanto, isso sem considerar os recordistas, a exemplo de Paulo Miranda, o famigerado trovador, que postou 25 vezes mais e em menos tempo.
Pra mim é muito!
E nessas mil publicações, o que é mesmo que o leitor pode encontrar por aqui?
A grande maioria, perto da metade, chamei de Poesia(427); em segundo lugar as 209 Trovas; com ainda mais rima vêm as setilhas e décimas de Cordel (155); 45 Homenagens; 28 textos de Humor; 25 Sonetos; 19 Haicais(alguns ainda sub-júdice dos especialistas e com razão); 17 Artigos; outros 17 que classifiquei como Experimental; 13 Acrósticos; e mais uns poucos em variados estilos.
Mesmo sem assertividade em relação às escolhas, visitei 27 das 48 classificações do Recanto das Letras.
Salvo os textos iniciais, escritos antes de 2 013, quase todos os demais nasceram aqui mesmo no Recanto. O processo, que a minha querida amiga Ene Ribeiro desaprova, com alguma razão, e chama de derivação de obra, é quase sempre o da interação com os colegas. Segundo um outro ilustre colega daqui, Renato Passos de Barros, a quem reconheço como gabaritado analista e verdadeiro leitor da minha alma poética, trata-se de intertextualidade literária.
– “Não sei, só sei que foi assim...”
O que valeria a pena ler? Talvez nada. Mas, querendo arriscar-se, leia uns textos de Humor (piadas de domínio público rimadas.)
Nos cordéis, “Sobre Alma Papafigo e Pindobal” e “Neto Anunciação”, não precisa ser cartomante pra saber um pouquinho de minha vida. Entre os Sonetos falo de mim em “Autorretrato”. Na Homenagens se vê alguma emoção com alguns que partiram como “Dia dos Pais sem Ele”.
Tem muita abobrinha, mas tem quem goste.
Acho que bem me defino assim:
Pensei minha biografia
Numa quadra, achei demais
Não há bastante poesia
Então lembrei dos haikais
Olhei meu acervo artístico
Era pequeno prum dístico
Talvez o meu universo
Caiba bem num monoverso
Sou floresta de bonsais...
É isso!
Partilho agradecido o soneto-acróstico-presente que recebi do meu caro amigo, que anda meio sumido, Riomar Melo. Pode ter sido também o Cigano Ribamar, o reserva ou o titular.
SSim, não podia ficar sem resposta
TTua criteriosa interação
EE eu me sinto na obrigação
LLevar-te o obrigado de quem gosta
OO que faço nas letras entrepostas
QQue nas quais tenho certa aptidão
UUm soneto-acróstico,uma oração
EE a consideração que vai exposta
IImagine emoção travando a rima
RRogo a Deus,na fé que não desanima
OO melhor para ti nos apogeus
GGozes sempre saúde e paz na vida
AAqui deixo teu nome na saída
destes versos singelos que são teus.
RIOMAR MELO
O meu abraço, Poeta Riomar Melo!
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