A carne, dedicatória.

Dedicatória

Ao verbo que se fez carne

– Intrigante e magnífica criação divina: a mulher.

Aos padeiros do último quartel do século XIX

– Eis mais um pão saindo da fornalha, recheado de espiritual fermento carnal,

apesar de todas as caquexias pecuniárias. Perdoem-me os discretos estrangeirismos!

Ao arquiteto das curvas, Oscar Niemeyer

– De curvas este livro se fez, ao final do sexagésimo nono dia!

Não estranhem o excesso de ondulações, em vários poemas.

Afinal, está na sinuosidade feminina a maior causa dos acidentes corporais...

Ou não são as curvas que nos tiram a atenção,

mudando nossas rotas e nossos destinos?

Se o universo é curvo, o feminino universo, curvilíneo, é que nos movimenta.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 22/10/2017
Código do texto: T6149894
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