A carne, dedicatória.
Dedicatória
Ao verbo que se fez carne
– Intrigante e magnífica criação divina: a mulher.
Aos padeiros do último quartel do século XIX
– Eis mais um pão saindo da fornalha, recheado de espiritual fermento carnal,
apesar de todas as caquexias pecuniárias. Perdoem-me os discretos estrangeirismos!
Ao arquiteto das curvas, Oscar Niemeyer
– De curvas este livro se fez, ao final do sexagésimo nono dia!
Não estranhem o excesso de ondulações, em vários poemas.
Afinal, está na sinuosidade feminina a maior causa dos acidentes corporais...
Ou não são as curvas que nos tiram a atenção,
mudando nossas rotas e nossos destinos?
Se o universo é curvo, o feminino universo, curvilíneo, é que nos movimenta.