MENSURAÇÃO DA POLÍCIA PREVENTIVA - PROCESSO A PÉ

Como é mensurada a polícia necessária?

Diversos são os fatores que devem ser considerados, todos de conhecimento das autoridades, se não do mesmo escalão, dependendo de apenas uma conexão.

A polícia necessária deve colocar o agente entre o delinquente e as vítimas. Assim o patrulhamento deve ser executado ostensivamente e não obstruído com uniformes camuflantes, ou posturas em locais de de pouca visibilidade.

Porto Alegre possui 1.500 km de vias urbanas, dispostas em quarteirões não uniformizados, quer pelas dimensões, calçamento, densidade populacional. Fatores que influenciam na previsão e planejamento do emprego.

Segundo a pesquisa do estudioso Francisco de Paula Neto, quando então oficial da Brigada Militar, o cálculo da capacidade de cobertura de um patrulheiro a pé, nos moldes do Brasil seria entre 7.500 e 8.750 m por turno de seis horas, passando no mínimo quatro vezes pelos pontos base, considerando os pontos notáveis, sensíveis e de risco de cada itinerário, abrangendo de 50 m a 2 km lineares de cobertura, de acordo com a demanda de passagens, ou permanência pelos pontos base.

Está ai um bom começo para começarmos avaliarmos a demanda de patrulheiros em Porto Alegre, se considerarmos grosseiramente os 1.500 km divididos pelos 2 km que, cada patrulheiro pode cobrir, teremos, 750 patrulheiros, se considerados, em emprego unitário, não em duplas. Se seis horas e o dia são 24, são necessários 3.000 patrulheiros. Flexionados pelas diferenças peculiares a cada local, quanto menor a densidade demográfica, menor a existência de pontos notáveis e sensíveis, desobrigando o emprego de patrulhamento a pé, mas somente o motorizado, consideram um decréscimo de 25%, entretanto isto não representa um erro no número alcançado, pois o outro extremo exige o emprego de 25% em duplas.

Oba, somente isto?

- Claro que não, há as folgas, as doenças, a fiscalização, a atividade administrativa, outros processos além do a pé, a saber:

- Motorizado;

- Montado;

- Embarcado; e

- Outros.

Quantos são então?

SEGURANÇA PÚBLICA - TOMO II

ESCLARECIMENTO AOS ASSESSORES - 2016