DONO DO TEXTO É O LEITOR

Estimada poeta! Obrigado pela confiança depositada em meus pitacos de crítica, porém, peço escusas, não faço análises literárias em privado. Todos os meus estudos são públicos, destinam-se à publicação, porque estes são resultantes do meu ofício de “crítico de aldeia”, tal como quem constrói um poema ou uma prosa. Entendo que este proceder oferece usufruto favorável a muitos confrades. Só não valem ouro (como qualificas o teu poema), porque não estão no mercado pelos valores comuns e nem tenho possessão sobre eles. No mais, eles não me pertencem, somente são de meu domínio enquanto ainda não publicados. Depois disso, passam a ser dos apossamentos do leitor/receptor, porque estes são os destinatários da obra que pretende andar no mundo para poder ser vista. Para mim, só ficam reservados os direitos patrimoniais de autoria e passíveis de avaliação financeira. Bem, isto se o editor for sério e honesto...

– Do livro A FABRICAÇÃO DO REAL, 2013.

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