Minhas esperas.
Sim, despida. É dessa forma que me sinto, como um ser sem vestimentas, por não ter planos acertados. Inúmeras vezes insisti em abrir certas portas em meu caminho que, decerto, ainda não estavam acessíveis. No entanto, quando esta espera se torna ausente parece que o desejado se apresenta a mim. Tenho buscado alguns acontecimentos para os meus dias, porém teimosamente os mesmos se distanciaram mais e, agora, no instante em que me levanto da porta e abandono a ansiedade deste encontro, o brilho sonhado outrora me veste de vez. A felicidade é tão grande que parece não caber em meu peito, tão enorme que parece ultrapassar meu sorriso, tão gigante que parece transbordar minh'alma. Se as esperas foram importantes? Claro que sim, pois com elas me preparei para o descortinar dos meus sonhos no tempo certo e não em meu tempo. Hoje, portanto, no escuro do meu quarto sinto a claridade que as tantas esperas inebriam o meu constante despertar.