Cadê você?

Abri a gaveta. Pequenos cartões, alguns embrulhos, embalagens de chocolates e outros doces, uma taça de um time de futebol que não é o meu, uma florzinha artificial, outras secas guardadas em uma agenda, fotografias, registros do seu cheiro, do seu encanto, das suas graças que me davam mais vida. Nossos segredos, nossos silêncios, nossas risadas (ainda ouço o barulho do seu riso alto), nossos olhares, nossos entendimentos simples, nossas brigas bobas, nosso jeito peculiar. Quantas lembranças, quanta saudade de quem eu fui com vc. Sim, as lágrimas teimosas agora se libertam da prisão. Que sufoco, que agonia, que medo de ser sem você.

Não consigo entender o porquê de sua falta tão cedo de minha vida, dos meus dias e noites, dos meus momentos. Por quê? Isso não é justo, não é.

Caminho, trabalho, saio com amigos, mas a sua recordação está viva demais em mim. É a sua imagem que não sai de minha mente, é o seu carinho que não abandona meu coração, é o seu jeito sem jeito que ainda me desconserta.

"Minha querida", "Xatinha do meu core", "Amore", "Birrenta"... são expressões que jamais se apagarão de minha essência, pois sua voz continua aguçando os meus ouvidos. Onde você está agora? Consegue me ouvir? Não, não me ouve. Eu sei que não. Cadê você pra gente conversar sobre futebol? Iríamos falar sobre a possibilidade de seu verdão cair pra série B, né? Que saudade de seus SMS's na madrugada quando o meu Flamengo perdia!

Enfim, suas amarras nunca me libertarão, amigo meu. Motivo? Eu amo você... no Céu... na Terra. Felizes são os anjos por terem você aí...

Dedicado a alguém que se foi, mas não foi.

Lee Lopes
Enviado por Lee Lopes em 16/11/2012
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