"Feliz dia das crianças invisível". É com essa frase que os manifestantes protestavam em silêncio em busca da atenção dos turistas e dos que passavam pelo calçadão. As atividades realizadas começaram por volta das 11h e se estenderam por toda a madrugada.
Parte do grupo construía em uma roda barcos de papel com o nome de vários bairros de Fortaleza, como Bom Jardim, Canindezinho, Granja Portugal e Pirambú. Segundo a coordenadora de sustentabilidade da ONG Visão Mundial, Flor Fontenele, os bairros escritos representam os mais abandonados pelo poder público.

"Quem mata e quem morre são vítimas da mesma forma. Eles estão em zonas de risco, sem oportunidades, sem saneamento básico, sem nada. É uma vida de privação. O crime é tudo o que resta", lamentou a Flor Fontenele.
Manoel Torquato, coordenador da Associação O Pequeno Nazareno, em Fortaleza, afirmou que o protesto não se restringe aos manifestantes e sim a toda sociedade. "Todo mundo da cidade tem um conhecido que perdeu alguém pelo avanço da criminalidade dentro das comunidades. E essa criminalidade, para nós, é o reflexo do esquecimento do governo na criação de políticas voltadas à justiça e proteção destes meninos e meninas", afirmou o coordenador.

Então ...muito se falou em brigadeiros, chocolates, pirulitos e demais guloseimas eis que esse Grupo manifesta o esquecimento de tantas barbáries que presenciamos no cotidiano .
Sequestros, falta de creches, a interminável luta contra o Estado Paralelo (drogas) e mensalões que fritaram as merendas escolares , hospitais infantis, e, toda uma política voltada para o bem estar da criança.