PSEUDÔNIMO E HETERÔNIMO

Quando Fernando Pessoa comparece com o EGO, tem a lucidez de que não é ele mesmo, e sim uma de suas sensibilidades afloradas – individuadas – à qual denominou HETERÔNIMO (criando o neologismo), e não somente um eventual PSEUDÔNIMO. Tem tanta consciência de sua consistência intuitiva e intelectiva que quando fala de per si, ele se diz "Fernando Pessoa, ele-mesmo-o-outro". Sabe, portanto, que aquele que escreve não é o ego e sim o personagem que atua e obtém sua autonomia – o ALTER EGO.

– Do livro A POESIA SEM SEGREDOS, 2012.

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