Coisa de nossa Gente
Eu fui rompendo, pois já tava meio tarde. Saí da casa de Maria, deitei o cabelo na braquiara, os pelo das ventas tremia. Suava feito xafariz, faltei borrar as calças de tanto medo. Era aquela porteira que rangia, as sombras das árvores que me metia um tremor medonho!
Mas eu tinha que ir, minha casa era do outro lado das terra do Mundim. Mas também a fomeagem por causa de televisão era demais. Eu não podia perder os capítulos da novela. Tem uma coisa, um dia vou ter uma , mas primeiro preciso abulir do querosene,limpar as narinas do carvão da lamparina,rsrsrsrs. Eiscutava barulho pra tudo que é banda, inté os tatus latiam KKKKKKKKKKKKKKKKK. Isso era o tamanho do medo.Quando me vi defronte de um pau , menino, menina num é que pensei ser o Homem da Noite que todo mundo propagava, fechei os zóios, tentei não quebrar os dentes, foi quando escutei um trote de cavalo. Era Bizunho nosso vizinho da esquerda. Pedi garupa, muntei como se tivesse nascido num lombo do animár.....Grudei no homi e graças ao bom Pai cheguei em casa sã e sarva, cê qui pensa..........
Mas a ladeira qui eu tinha que descer ainda me incomodava,o bixo impinava eu urrava agarrada na cintura de Bizunho foi quando a distância do lombo do cavalo pro chão em vez de diminuir crescia , outro grito preso na guela e definitivamente acordei. Oh pesadelo fedorento!!!!!!!!!!!
Prumei do giral qui dormia, carcei as precatas, joguei uma água na cara e cumeçou o dia ,num quiria lembrá du sonho da noite mas já me aprontava pra fazer o mesmo caminho, pois assistí televisão a mais de duas léguas era mermo minha alegria. Isso não é fantasia é coisa da gente sertaneja que viveu um dia, rsrsrs inté rimô!!!!!!!
Maria Izabel Pereira Braz