CAVALOS ALADOS

Alguns de meus poemas (que tem o "tropel", a andadura indisfarçável do bravio) alimentam os voo dos "pégasus" – cavalos alados que alguns encontram no poema. Talvez uma fórmula densa para a fantasia. São lerdos, pesados, mas podem vir a encantar aos que percebem que o mundo não se resume somente no lirismo amoroso. É a abordagem sobre o social: a poesia da dureza dos dias, sem disfarces... Feliz de quem pode cantar somente o sonho dos afetos materializados. Mas o beijo dos "pégasus" é o similar gesto amoroso dos monstrengos. Os personagens é que são mutantes... Afinal, "os brutos também amam", nos fez acreditar o John Wayne, no cinema americano... Tudo isso compõe a Estética. Também o gosto de cada um...

– Do livro O NOVELO DOS DIAS, 2010.

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