SOLIDÃO

SOLIDÃO

Maria Izabel Pereira Braz

O eco do silêncio ensurdece minha alma.

A noite, em sua veste brilhante e majestosa.

Não sei se pirilampos ou coaxar de sapos,

Mas como incomoda.........

Recordo-me do turbilhão de movimentos, buzinas ,

zurros humanos , poluição sonora.

Isso também me incomoda.......

Então compreendo que não é a brejeira terrinha,

ou a imensidão metropolitana

É pura escassez de alegria.

O vácuo da depressão que invade meu corpo sadio

Terrível intromissão...........

Resvalo nas pessoas pelas ruas

Intrigo-me sem ouvi-las

E percebo a grande distância entre nós

Não são elas que se afastam

É um abismo entre o eu e a multidão

Pura agonia e solidão.

Me entrego nos pensamentos confusos

Peço então atitude,

Meu ego inflado e excêntrico

Reconhece no ser solitário e vazio

A necessidade gritante de afago,

Palavras, convívio.