Banalidades

Meus únicos bens naturais,

Meus documentos,

Minhas considerações,

Meu relacionamento

Com a vida. . .

Bens fúteis.

Baixos de nenhuma

Recompensa!

Meus prazeres desiguais,

Minhas hilárias práticas

Em letras.

Fiz tudo isso pra nada.

Eu morro todos os dias que nascem,

Todas as manhãs que nasceram,

Mortas em meus pensamentos!

É triste sorrir sem querer. . .

Quando você acha que pensa

Muito e escreve pra nada valer.

Competir um contra o outro

Pra no fim todos ao mesmo tempo

Morrer. . .

Bens banais que ficam.

Pra quem?

Pra ninguém.

Ficam processos. . .

Fichas-sujas,

Registros de presos

De soltos

Dos que vivem a nada.

Patricius
Enviado por Patricius em 05/09/2010
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