Banalidades
Meus únicos bens naturais,
Meus documentos,
Minhas considerações,
Meu relacionamento
Com a vida. . .
Bens fúteis.
Baixos de nenhuma
Recompensa!
Meus prazeres desiguais,
Minhas hilárias práticas
Em letras.
Fiz tudo isso pra nada.
Eu morro todos os dias que nascem,
Todas as manhãs que nasceram,
Mortas em meus pensamentos!
É triste sorrir sem querer. . .
Quando você acha que pensa
Muito e escreve pra nada valer.
Competir um contra o outro
Pra no fim todos ao mesmo tempo
Morrer. . .
Bens banais que ficam.
Pra quem?
Pra ninguém.
Ficam processos. . .
Fichas-sujas,
Registros de presos
De soltos
Dos que vivem a nada.