Circuito Fechado de Televisão
CFTV: novos conceitos
Dados sobre a violência em nível estadual
“Eliana (nome fictício) foi assaltada em plena luz do dia quando ia levar o filho de 11 anos para a escola. Ela foi abordada num sinaleiro na esquina das ruas Dr. Pedrosa e 24 de Maio, no centro de Curitiba. Como estava sem dinheiro na carteira, o assaltante levou apenas o telefone celular. E o filho de Eliana, que estava de aniversário naquele dia, só ficou mais traumatizado com a violência que assola a cidade. No ano passado, ele já havia sido vítima de um seqüestro-relâmpago, quando ia encontrar com o pai em frente ao prédio onde mora, no bairro do Água Verde”.
“Situações como essas e ainda mais graves acontecem diariamente em Curitiba e região metropolitana. Mesmo sem ter em mãos os dados oficiais, é possível mapear o problema da criminalidade em Curitiba. Através de um levantamento de reportagens publicadas pelos jornais O Estado e Tribuna do Paraná, identifica-se, por exemplo, os bairros que rodeiam o centro da cidade - Água Verde, Batel, Juvevê, Cabral, Mercês - como os principais alvos de assalto e furto de veículos. Os carros são furtados em Curitiba e "desovados" na RMC”.
“Com relação a assaltos a banco, a Sesp explica que a diminuição ocorreu devido às diversas operações e patrulhamentos feitos pela polícia. No entanto, outros tipos de roubos aumentaram, mas os números não são tornados públicos. Com o forte sistema de segurança dos bancos e pouco dinheiro nas agências, os caixas eletrônicos passam a ser alvo mais almejado pelos bandidos”.
“O mesmo acontece nos assaltos a residências e condomínios de luxo. Certos de que vão encontrar objetos de valor, os criminosos procuram as regiões mais nobres da cidade para praticarem seus delitos”. (fonte: http://www.pron.com.br/editoria/policia/news/120365/)
“Em pronunciamento na tribuna do Senado, o senador Osmar Dias (PDT-PR) fez uma análise sobre o crescimento dos índices de violência no Paraná e cobrou mais eficiência das autoridades policiais e do governo do Estado”.
“Basta ler os jornais e acompanhar o noticiário de rádios e tevês para saber que a violência só aumenta no Paraná. Educadores são agredidos nas escolas públicas, a criminalidade atinge todas as regiões, inclusive o meio rural, aumenta a apreensão de armas e drogas e crescem os confrontos envolvendo milícias. Mas o governo está omisso e não apresenta soluções à sociedade". (fonte:http://www.senado.gov.br/web/senador/odias/Trabalho/Noticias/Noticias/Releases/Releases2007/070417b.htm)
“Combater a violência através de medidas repressivas é tema que ainda provoca muita polêmica. Muitos acreditam que a violência tem de ser atacada "em suas raízes": a miséria, a pobreza, a má distribuição de renda, o desemprego. Investir em policiamento e na repressão ao crime só serviria para "gerar mais violência". Por outro lado, cresce o coro dos que criticam essa posição. Ainda que possa ser bem intencionada, dizem, tal postura é uma quimera, que só contribui para perpetuar o problema”. (fonte: http://www.comciencia.br/reportagens/violencia/vio02.htm)
Que contexto é esse?
Como os dados pesquisados nos mostram, a violência é um problema crônico no Paraná e no Brasil. Contudo, isto sempre foi de conhecimento geral, cujas pesquisas são realizadas em caráter de alerta ou quem sabe, sensacionalismo.
A imensa plaga tupiniquim é marcada por sua própria natureza. Em meados do século XVI, na era das navegações, estas virgens matas passaram a ser cobiçadas por franceses, ingleses, portugueses, holandeses, etc. Tudo o que era saqueado e corrompido era levado ao domínio destas nações. Semelhante a outras partes da América, as riquezas alheias eram cobiçadas. Sem mencionar a escravidão, com mão-de-obra gratuita e importada. Se pararmos para pensar, chegaremos à conclusão que, desde então, a desigualdade social é o grande pivô da violência.
Restringiremo-nos ao âmbito curitibano. Conforme dados da imprensa, os bairros mais visados pela criminalidade são, obviamente, os nobres, aqueles os quais os meliantes creem que vão localizar pertences de valor. Além dos exemplos fornecidos, podemos pensar em regiões como Jardim Social, Bacacheri, Hugo Lange, Alto da XV, Portão e outros. Na verdade, a lista poderia incluir toda a cidade, destacando apenas este ou aquele bairro como pontos mais críticos. Para completar, a população não encontra segurança por meio de medidas públicas. Não existe sintonia junto à polícia e a sensação de impunidade por parte de demais autoridades é notória.
Nas vias públicas, ninguém sabe o que vai acontecer. Cada um de nós, no privado de seu lar, se segura como pode. Seguranças particulares, trancas eletrônicas, cercas eletrificadas, muros altos, cães ferozes e... muito CFTV, é claro.
Dentre todas as medidas de segurança, o Circuito Fechado de Televisão é o maior previsor de situações indesejáveis. Imaginemos que, qualquer pessoa no conforto de seu lar pode acessar esta solução com simples cliques de um mouse ou através de teclas de um controle remoto. Ao avistar movimentações suspeitas, ele pode acionar a polícia, outras pessoas, ou decidir fazer justiça com as próprias mãos (não muito recomendado, claro).
Violência pode parecer um argumento apelativo, sendo que realmente o é. Mas é uma realidade. E depois, apelativo por apelativo, o mercado de trabalho também é. O nosso interesse é vender nossos produtos e nos mantermos na vanguarda. Os fins justificam os meios, já dizia Nicolau Maquiavel.
E por que pensar apenas no aspecto da violência? O CFTV pode prevenir situações inusitadas. Pode servir, por exemplo, para aquele torcedor fanático dar uma olhada em seu bairro para saber se os adversários estão lá para zombar de seu time derrotado! Ou para saber se o cunhado cachaceiro está chegando, para dar tempo de esconder toda a cerveja.
Em um ambiente grande de trabalho, como oficinas, fábricas e concessionárias, o patrão pode saber o que acontece nos recantos mais obscuros da empresa e coibir atos que firam as normas e diretrizes do local.
Enfim, o CFTV nos permite uma incrível gama de possibilidades.