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ENSINO:
Como elaborar um plano de aula
     Trago aqui uma dica para um modelo de plano de aula. Alguns aspectos geralmente são de conhecimento geral daqueles que atuam no ensino, mas a proposta é sintetizar (e não encher linguiça!) do que pode ser o plano em si.
     Exemplo desse "encher linguiça" é o item "procedimento", em que geralmente os professores têm que esmiuçar tim-tim por tim-tim tudo o que desejam realizar na aula, passo a passo, sendo que isso não é necessário, visto que, como se concebe no meio, todo planejamento é flexível, passível de mudanças. Ou seja, pode-se muito bem escrever que se vai fazer X na aula, e ocorrer Y.


          
Vamos ao modelo.


1. TÍTULO 
Ex.: PLANO DE AULA - Redação do ENEM. 


2. DADOS
⇒ Professor;
⇒ Disciplina;
⇒ Público-alvo (ciclo e série);
⇒ Hora-aula (h/a - quantidade de períodos);

⇒ Período (do dia tal ao dia tal).


3. EIXO TEMÁTICO
⇒ O tema geral do assunto a ser abordado nas aulas.
Ex.: 
A redação no ENEM: critérios de correção, produção textual e revisão gramatical.       


4. OBJETIVOS
⇒ O que se espera, durante e no final do plano de ensino, que o aluno atinja? Subdivida os objetivos em:

4.1 Objetivos gerais:
⇒ Objetivo a longo prazo, em que o aluno deverá atingi-lo com base no contexto do todo, na relação ensino-aprendizagem. Responder, utilizando verbos no infinitivo, à seguinte pergunta: no final do plano de ensino, o aluno deverá... 

4.2 Objetivos específicos:
⇒ Objetivo imediato, a curto prazo, em que o aluno deverá atingi-lo durante as etapas que compõe o plano de ensino. Responder, utilizando verbos no infinitivo, à seguinte pergunta: durante o plano de ensino, o aluno deverá... 
Obs.: convém pesquisar algumas listagens de verbos que pertencem a objetivos específicos e a objetivos gerais, visto que, semanticamente falando, há diferenças entre uns e outros. Por exemplo, o verbo "desenvolver" é utilizado para objetivos gerais, enquanto o verbo "identificar" equivale como objetivo específico.


5. CRONOGRAMA LETIVO
⇒ Aqui, não é preciso a balela dos "procedimentos", item a que me referi logo no início do texto. É uma forma mais concisa de apontar o que será feito esboçando só o conteúdo, quantos períodos (h/a) serão necessários, a data e os recursos que serão utilizados.
Ex.: 
DATA         
H/A                    
CONTEÚDO                                   
RECURSO
(Fazer em tabela do Word - sugestão).



6. METODOLOGIA DE ENSINO
⇒ Aqui se responde à pergunta: o que farei / como procederei para realizar este plano?     
Ex. simples: 
A metodologia de trabalho docente dar-se-á através de aula expositivo-dialogada, por meio de apresentação de slides e de folhas de ofício com exercícios de fixação e textos sinóticos sobre os conteúdos estudados, proporcionando ao aluno a compreensão e a retomada de conhecimentos já adquiridos anteriormente.


7. AVALIAÇÃO
⇒ Aqui se responde à pergunta: como o aluno será avaliado?
Ex.: 
A avaliação será constituída por dois momentos:
- Correção de redações escritas pelos alunos, tarefa a qual será proposta em uma aula anterior à última;
- Correção de exercícios, juntamente aos alunos, em aula.



8. REFERÊNCIAS 
⇒ Aqui se expõe a referência dos livros, dos sites, das revistas, etc. em que os estudos para o ensino didático dos conteúdos serão baseados.       
Obs.: não se joga apenas as referências na folha e pronto. Há regras, segundo a ABNT, de referências para livros, sites, artigos, etc. Vale pesquisar. 


     Acredito que há, hoje em dia, muita cobrança descabível e sem fundamento em relação aos planos de aula. Muitos professores têm de entregar um plano semanal, quinzenal, mensal, bimestral, trimestral, sendo que, na verdade, não há necessidade.
     Claro, é deveras importante delinear o plano de trabalho que o profissional vai tomar para si como rumo de suas aulas. Mas então que se delineie uma só vez, entregando um planejamento anual e, por bimestre, ou trimestre, etc., se entregue um cronograma, com as datas e os conteúdos a serem abordados, até porque pôr altos projetos num papel é bem diferente de se dedicar a fazer bem sua atividade. Uma coisa é fazer uma lista do que se precisa melhorar na vida, mas não fazer por onde. 
          Um argumento bom a quem se opor a isso é sugerir que, por parte da coordenação pedagógica, haja um constante acompanhamento com o docente de cada área, seja na observação das aulas ou na troca de ideias diárias.