Lá se vai
Embora eu veja de longe
Já não conheço mais ...
O tempo fez passado
Das conversas, só recados
Talvez nada mais aconteça
Nem tudo ficou para traz
De uma interpretação errada
Alimentada pela posse do nada
Dos únicos pontos de vista
Não questiono, não critico
Faz se distantes as vontades
Que ainda sei que afloram
Deixo a escolha livre
Não mais busco ou imploro
O tempo me ensinou a duras penas
Coisas novas, talvez nem certas
Fez me ver outras provas
Fossem as escolhidas erradas
Da crítica, o item novo, buscado
Foi o acerto, pro erro esquecido
Mesmo assim o preconceito
Tornou-se, pouco e definido
Porém forte e resolvido
De tudo, nada está bom
Mesmo com esforço parece inutil
Impossível diria que não
Muitas luas se passaram
Desde o derradeiro dia
Tomasse a postura outra
O conceito talvez definiria
Com a calma, a paz, que um dia
Habitou, nossa volta, e nos guia
Parte da suposição de tudo
Que lia e relia
Não culpo, não discordo
Em parte a razão mostra
Opiniões, outras, existem
Tal qual flores diversas as mil
Espalhadas nos jardins, nas fotos
Nos murais, estampadas perdidas
Em jornais, revistas ou pasquim
Tomo a liberdade, e a sã consciência
Se errar, fosse o tudo, o acerto só ausência.