Baile de máscaras
Só um artista refinado
pra evitar tanta mulher
que lhe chega de colher
provocando o seu trinado...
Mas o pobre do coitado
só procura a sua musa
que na moita, se escusa,
se escondendo no bailado...
Ele sai pelo salão
procurando desvendar
quem de fato é seu par
mas acaba em confusão...
Todas elas mascaradas
a dançar na contra mão
dizem ser, mas sei que não,
de outros homens, são as fadas...
Eu perdido, me confundo,
ao pensar reconhecer
ledo engano, como ver,
o seu rosto nesse mundo?
O seu nome é uma centena
que se esconde na poesia
uma brava, outra esguia
uma loura, outra morena...
Só me resta esperar
o endereço ou telefone
na vigilia ou mesmo insone
para me comunicar...
Ou talvez ela me espere
nesse dia já chegando
que eu vou lhe avisando
no tal mezzo, sem que altere...