Indigesto ciume.

Sem condições de escrever

Sem inspiração pra compor

Sem palavras pra te dizer

Estou me sintindo um colibri

Que ao invés de beijar feri

A petala da branca flor.

Revelei minha indóle imperfeita

E me vejo agora aqui a sofer

Pergunta que não deveria ser feita

Vi nela lagrimas ao invés de perfume

Fruto amargo do indigesto ciume

Sem nenhuma razão de ser.

Nessa vida muitas vezes se aprende

Quando depois de um ato impensado

Se vive o medo que então seja tarde

Mas por outro tambem se conclui

Que é nesse interim que a alma se evolui

Deixa de arrogant hipócrita e covarde

Sinto triste, o jardim menos reluzente

E atribuo a mim a culpa por isso

Acho que fui um tanto intrasigente

Com a flor de alma compassiva

Que nem por isso me deixou a deriva

E me perdoou pura e simplesmente.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 15/02/2008
Código do texto: T861293
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