Indigesto ciume.
Sem condições de escrever
Sem inspiração pra compor
Sem palavras pra te dizer
Estou me sintindo um colibri
Que ao invés de beijar feri
A petala da branca flor.
Revelei minha indóle imperfeita
E me vejo agora aqui a sofer
Pergunta que não deveria ser feita
Vi nela lagrimas ao invés de perfume
Fruto amargo do indigesto ciume
Sem nenhuma razão de ser.
Nessa vida muitas vezes se aprende
Quando depois de um ato impensado
Se vive o medo que então seja tarde
Mas por outro tambem se conclui
Que é nesse interim que a alma se evolui
Deixa de arrogant hipócrita e covarde
Sinto triste, o jardim menos reluzente
E atribuo a mim a culpa por isso
Acho que fui um tanto intrasigente
Com a flor de alma compassiva
Que nem por isso me deixou a deriva
E me perdoou pura e simplesmente.