O BOTO COR DE ROSA
Tua pele é cor de rosa,
Como da rosa em botão,
Contou-se estórias gloriosas
De sua grande sedução.
Agias como um bandido
Destruidor de coração,
Era o terror dos maridos
Que viviam em aflição.
As casadas se entregavam,
As moças por ti sofriam,
Todas se apaixonavam
E suspirando viviam.
Mas teu fascínio acabou,
E caístes em desgraça,
Veja em que se transformou...
Virastes banco de praça.
Desde pequena eu ouvia
Tuas estórias contar,
Veja só que ironia
Em banco se transformar.
Reaja, boto, reaja!
No rio volte a nadar.
Na foto lá no Porto do Baé, a cabana-restaurante flutuante e o banco cuja base é um boto cor de rosa. Barra do Garças, Mato Grosso.
Julho de 2005.