QUADRINHAS
À noite, a brasa do teu desejo eu piso,
Arde-me a carne e no meu íntimo ela atua,
E para acender o fogo somente preciso
Da minha língua unida à tua.
Dizer-te talvez eu não queira.
O coração pregou-me uma peça,
Amar-te dessa maneira
É carma, nada há que impeça.
Escrevi versos não para a glória,
Mas só para guardar na memória,
A lembrança dos meus amores,
Da felicidade e das dores...
Esse homem que era meu,
Nunca me pertenceu de verdade,
Levou o amor que me deu
Deixando as brasas da saudade.