Hoje sou a Colombina
Hoje sou a Colombina
Do meu próprio Carnaval
Meu corso virou a esquina
Da artéria principal.
Segue o corso lentamente
Numa rua lateral
Toca a fanfarra na frente
O samba mais actual.
Esconde-se então o meu fado
Naquele novo sambar
E segue assim disfarçado
Até o corso passar
Encontrei o Arlequim
Sozinho ao fim do dia
Ficámos os dois assim
Suspensos na fantasia
Dança comigo Arlequim
Dancemos sem descansar
Porque neste frenesim
De mágoas não vou lembrar.
Perdeu-se o meu Arlequim
No meio da multidão
E o riso ficou assim
Espalhado à toa no chão.
E quando o sol regressar
Seguindo o seu ritual
É hora de despertar…
Terminou o Carnaval!